E em 43,5 segundos esgotaram-se os bilhetes para o regresso dos Monty Python

Foram acrescentadas mais quatro datas mas também para essas já não se encontram bilhetes.

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Os comediantes anunciaram o regresso aos palcos na semana passada Reuters

Eles bem disseram na conferência de imprensa da semana passada que iam ficar ricos com este regresso. Eric Idle brincou com a situação e disse que voltariam aos palcos para “tentar pagar a hipoteca de Terry Jones”. Pois bem, como era de esperar, o espectáculo, marcado para o dia 1 de Julho de 2014, esgotou em segundos e pelo mesmo caminho foram as novas datas anunciadas: 2, 3, 4 e 5 de Julho. Depois disto, não será difícil pagar a hipoteca e ainda ganhar algum dinheiro. Eles bem disseram e nós bem sabíamos.

“Estamos ansiosos por pagar a hipoteca do Terry Jones em breve”, reagiu à AFP, em tom de brincadeira, Idle, mostrando-se surpreso com a rapidez com que os bilhetes se venderam. No Twitter, depois desta correria inédita, Idle escreveu que “haverá um DVD” e que outras opções podem surgir. Na conferência de imprensa da semana passada, os britânicos não descartaram uma possível digressão.

Por estes dias circulavam já nas redes sociais, e em alguns jornais britânicos, algumas dicas de como conseguir bilhetes para o espectáculo, que começava a ser vendido às dez da manhã desta segunda-feira. Não se pode esperar pela hora, é preciso chegar antes. Peça aos amigos para fazerem o mesmo, quantos mais, melhores hipóteses. Não se fique pelo computador, tente outros dispositivos (iPhone, iPad, etc). Foram alguns dos conselhos partilhados, que não terão sido úteis a todos, tendo em conta a rapidez com que o espectáculo se esgotou.

Ontem de manhã, o truque foi acordar cedo. O site da O2 Arena, onde tudo acontece em Julho, disponibilizava uma sala de espera, onde nos podíamos registar e, de alguma forma, acelerar o processo, disponibilizando já os dados da compra. A partir daí, teríamos apenas de esperar pela nossa vez, não havendo, no entanto, garantia de compra.

Às dez da manhã, os outros dois sites disponíveis (Ticketmaster, See Tickets) ficaram indisponíveis devido ao excesso de procura e quando, segundos depois, voltaram a estar no ar já não tinham bilhetes. No site da O2 Arena, que tem capacidade para 20 mil pessoas, só conseguiu quem, de facto, entrou cedo para a sala de espera virtual.

“Acho que há muito tempo que não me enervava tanto”, diz ao PÚBLICO o Nuno Markl, que conseguiu bilhetes para dois dias do espectáculo: o primeiro e o último. “Às tantas éramos três pessoas em três computadores, em três sítios diferentes, todos na mesma demanda: o Bruno Nogueira, o Rui Lourenço (responsável pela gestão das redes sociais da Rádio Comercial) e eu, numa estrafega a ver quem conseguia primeiro”, continua o humorista, que vê nos britânicos uma grande influência, ou como diz: “São parte do cocktail que me fez amar a comédia para a vida”. “Nunca fui tão fã de ninguém como deles. Devo-lhes a devoção de os ir ver, nem que viessem os cinco acamados ou com próteses nas ancas.”

Já este ano, em Abril, os Rolling Stones geraram histeria ao esgotarem o concerto do Hyde Park, em Londres, que aconteceu em Julho, em menos de cinco minutos. É caso para dizer que nisto de regressos aos palcos e histeria, há os Rolling Stones, banda histórica britânica, e depois há os incomparáveis Monty Python.

Esta é a primeira vez em 40 anos que John Cleese, Eric Idle, Terry Gilliam, Michael Palin e Terry Jones (Graham Chapman, o sexto Python, morreu em 1989) se reúnem em palco no Reino Unido. Depois disso, os cinco Monty Python ainda voltaram a actuar juntos mas nos Estados Unidos, em 1998, quando actuaram no no Aspen Comedy Festival.

Vídeo da conferência de imprensa:



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