Paulo Cafôfo abre “a primavera da cidadania” no Funchal
Consagração da “vitória histórica” na tomada de posse dos novos autarcas assinalada com a Grândola.
<_o3a_p>O novo autarca considerou que este “é um momento histórico, marcado pela possibilidade de se mudar um modo de fazer política e de políticas para a cidade”, um projecto que, salientou, “precisa da participação dos cidadãos”.
<_o3a_p>“Hoje é o primeiro dia de um novo tempo, de uma nova estação na história da cidade do Funchal. Hoje inicia-se a primavera da cidadania”, declarou o novo presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, no discurso de tomada de posse, a que não assistiu o presidente do governo regional d Madeira, Alberto João Jardim. O autarca independente, professor de História, lembrou que a candidatura da coligação Mudança foi “uma candidatura de convergências e de vontades numa cidade à espera de esperança”.
No acto, a que assistiram os lideres nacionais de dois dos seis partidos coligados, António José Seguro (PS) e João Semedo (BE), o autarca frisou ainda que a coligação resultou de “uma união de esforços de partidos que puserem a cidade em primeiro lugar em vez dos seus interesses, que se abriram a um conjunto de cidadãos sem filiação partidária para construírem, todos juntos, uma solução de governo municipal que mereceu a confiança dos funchalenses”. Dessa forma, concluiu, “deram uma lição de democracia”, afirmou Cafôfo, cujo discurso foi varas vezes sublinhado com aplausos.<_o3a_p>
Perante os presentes, entidades oficiais e cidadãos anónimos que enchiam o salão nobre dos Paços do Concelho, o novo presidente reafirmou que a sua visão para o Funchal 2020 é transformá-lo na “melhor cidade portuguesa para se viver”.
Com esse objectivo definiu os eixos estratégicos que apontam na direcção da cidade que pretende: “uma cidade democrática, ágil, transparente e participativa”, “planeada e de fácil mobilidade”, “inclusiva, solidária e cooperativa”, “turística, autêntica, atractiva e dinâmica”, “saudável, protectora do ambiente, da natureza, dos animais e do património edificado” e uma cidade “educadora, criativa, inovadora e vibrante”.<_o3a_p>
Para atingir tais metas, Cafôfo defendeu que é preciso “construir pontes para um efectivo desenvolvimento do Funchal”, pelo que “todos estão obrigados a uma abertura democrática e a um diálogo construtivo, relevado pelo contexto político de existência de maiorias relativas em todos os órgãos”.
“É a ocasião de construir-se uma sociedade inclusiva, democrática, solidária, mais livre e sem medo”, declarou o novo presidente funchalense, renovando a sua “total disponibilidade de busca de consensos”.<_o3a_p>
A 29 de Setembro, o PSD perdeu sete das 11 câmaras com que dominava todo o poder local do arquipélago: três para o PS (Porto Santo, Machico e Porto Moniz), duas para movimentos de cidadãos apoiados pelo PS e CDS/PP (Santa Cruz e São Vicente) e uma para o CDS/PP (Santana), além do Funchal, onde venceu a coligação Mudança, constituída pelo PS, PTP, PND, MPT, PAN e BE. <_o3a_p>