BE quer abrir o debate sobre piropos e não proibir

Tema em debate no movimento.

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Os dois novo sco-coordenadores do Bloco discursam este domingo na sessão de encerramento da convenção. Enric Vives-Rubio

A mesa-redonda intitulada "Engole o teu piropo", pelas 10h30 de sábado, numa das salas de aula do histórico Lyceu Camões, na qual Lopera vai participar, originou muitas reacções durante o dia nas redes sociais.

"O assédio verbal é uma frase que um homem diz a uma mulher no espaço público, na rua. Por exemplo, num metro cheio, ninguém diz nada porque sabe que está a fazer algo de errado. O piropo, algo bonito, que um amigo ou um companheiro nos diz baseia-se numa relação humana", afirmou a enfermeira de 34 anos, originária de Sevilha, mas a trabalhar em Portugal desde 2001.

Segundo Adriana Lopera, "se é sobre o nosso corpo, não é ‘onde fica a rua Morais Soares?'".

"Está a falar do nosso corpo, da nossa estrutura física, é sobre nós, vindo de um estranho e nós não pedimos opinião. Isso é agressão verbal", disse, ressalvando tratar-se somente de uma tentativa de trazer o tema para a reflexão geral no âmbito do combate "ao sexismo" e àquilo que considera ser uma "sociedade patriarcal".

O Bloco de Esquerda organiza o Fórum Socialismo 2013, durante o qual são discutidos temas tão como diversos como a "educação às três pancadas", a nacionalização da banca, o endividamento privado, a adopção por casais do mesmo sexo, incêndios, habitação ou segurança social.

A iniciativa conta com a presença dos dois coordenadores do partido, João Semedo e Catarina Martins.