Pais de Trayvon Martin participam em duas de 101 manifestações para pedir justiça para os negros

Ouvem-se hinos do tempo do movimento dos direitos civis nos EUA, em vigílias marcadas de costa a costa.

Sybrina Fulton, a mãe de Trayvon, com o filho Jahvaris e o reverendo Al Sharpton
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Sybrina Fulton, a mãe de Trayvon, com o filho Jahvaris e o reverendo Al Sharpton Kena Betancur/AFP
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A multidão que se reuniu em Miami à volta de Tracy Martin, o pai do jovem negro de 17 anos morto por disparos de Zimmerman, cantava “We shall overcome”, o hino do movimento pelos direitos civis – pelos direitos iguais para brancos e negros nos Estados Unidos.

Em Nova Iorque, Sybrina Fulton, a mãe de Trayvon, e o filho que lhe resta, Jahvaris Fulton, são os convidados de honra da manifestação, em que se apresentaram também a cantora Beyoncé e o rapper Jay Z, o seu marido. “Fico honrada por todos vocês terem decidido tomar parte nesta ocasião”, disse Sybrina Fulton quando lhe puseram um microfone nas mãos, no relato do jornal Guardian.

As manifestações foram convocadas pelo reverendo Al Sharpton, um veterano dos tempos da luta pelos direitos cívicos. Ao apresentar a mãe de Trayvon Martin, disse que no mês que vem se juntaria a uma marcha em Washington, a capital, que juntaria “dezenas de milhares de pessoas”, para reclamar justiça em relação a uma série de temas raciais.

A indignação com a sentença emitida há uma semana, ilibando Zimmerman, sentiu-se durante toda a semana – e ontem o próprio Presidente Barack Obama afirmou que Trayvon Martin poderia ter sido ele, há 35 anos. Em Washington, no mundo político, há notícias de que o reverendo Jesse Jackson está a tentar juntar aliados democratas no Congresso para ameaçar um boicote económico ao estado da Florida, onde aconteceu o caso e teve lugar o julgamento.

Em causa está a lei estadual que permitiu a absolvição de Zimmerman, apesar de ele ter disparado contra um rapaz de 17 anos que não estava armado: uma lei que permite a qualquer pessoa que tenha licença de porte de arma disparar se sentir ameaçado na sua integridade física ou do território que protege. Obama mencionou estas leis, e a necessidade de se avaliar se não acabam por encorajar tragédias violentas, em vez de funcionarem para “diluir potenciais desacatos.”

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