Nintendo fecha 2011 com prejuízos pela primeira vez

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A tempo da próxima época natalícia será lançada a consola Wii U, um híbrido de consola doméstica e portátil Foto: Danny Moloshok/Reuters

“O mercado de jogos de consola está a deteriorar-se globalmente, visto que os telemóveis e as aplicações de jogos estão a permitir aos jogadores esporádicos jogarem mais facilmente do que acontecia com as consolas” disse Stuart Miles, CEO PocketLint.com, citado pela BBC.

No início de Janeiro, a Nintendo já tinha avançado que registou prejuízos de 48.350 milhões de ienes (476 milhões de euros) nos últimos nove meses de 2011, que contrastam com lucros de 77.600 milhões de ienes conseguidos em 2010, refere também a edição online da BBC. Resultados negativos que em muito se devem às fracas vendas conquistadas pela consola de jogos da empresa, a Wii.

Em Janeiro, a empresa, com sede em Quioto, admitiu ainda que o cenário iria piorar até Março, quando acaba oficialmente o ano fiscal, e avançou com possíveis perdas de 65 milhões de ienes (o triplo do que chegou a projectar anteriormente). Porém, o resultado hoje divulgado não foi tão negativo como a pior previsão anunciada.

Numa altura em que os smartphones e os tablets funcionam para muitos utilizadores como plataformas de jogos, com esta dura concorrência a empresa tem registado vendas fracas do mais recente modelo da sua consola portátil – a Nintendo3DS, que permite jogar em 3D sem necessidade de óculos –, cujo preço foi reduzido em 40% em meados do ano passado, para tentar impulsionar as vendas.

A tempo da próxima época natalícia será lançada a consola Wii U, um híbrido de consola doméstica e portátil – que pretende relançar a posição da empresa, a par com uma nova versão 2D do jogo “Super Mario” já em Agosto. Uma das possibilidades é que a Wii U seja lançada na Expo de jogos E3, em Los Angeles, em Junho deste ano.

A Wii U foi apresentada em meados do ano passado e pretende introduzir um novo conceito de jogo. O ponto central do novo aparelho é o comando, que está equipado com um ecrã no centro e tem um aspecto semelhante ao de uma consola portátil. Permite ao utilizador alternar entre a televisão e o ecrã do comando – e, como os dois podem funcionar em paralelo, os criadores de jogos têm a possibilidade de desenvolver títulos que aproveitem o facto de haver dois ecrãs disponíveis.

A contribuir para os maus resultados está também um iene forte face ao euro e ao dólar, as divisas em que a Nintendo tem a maior parte dos fundos.

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