Arménio Carlos eleito novo secretário-geral CGTP

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Carvalho da Silva despede-se da liderança da CGTP Rui Gaudêncio

O novo Conselho Nacional, eleito no XII Congresso da central sindical com 735 votos a favor, oito brancos e 32 nulos, reuniu-se pelas 23h30 de sexta-feira para eleger os 29 elementos da Comissão Executiva, os seis elementos do Secretariado do Conselho Nacional e o secretário-geral para os próximos quatro anos.

A Comissão Executiva vai ter uma renovação de cerca de metade dos seus elementos, maioritariamente devido às saídas por idade e, entre os 142 votantes, 130 votaram a favor deste órgão, que contou com dez votos brancos e dois nulos.

Entre os 141 votantes para o Secretariado do Conselho Nacional, 130 votaram a favor e 11 brancos.

Arménio Carlos, Deolinda Machado, Joaquim Dionísio e Ana Avoila são alguns dos antigos dirigentes que se mantêm na Executiva.

Entre os 14 novos dirigentes que entram estão Carlos João Tomás, do Sindicato dos Têxteis da Beira Alta, assim como Fernando Jorge Fernandes, do Sindicato dos Funcionários Judiciais, José Joaquim Correia do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e também Augusto Praça, do Sindicato da Hotelaria.

A Comissão Executiva integra os dirigentes das principais federações e uniões distritais e dos maiores sindicatos nacionais (STAL, Sindicato dos Enfermeiros e Sindicato do Comércio e Serviços).

Por isso, vários dos novos elementos entram para este órgão em substituição dos dirigentes que saíram por limite de idade, que estavam à frente de grandes estruturas sindicais.

José Correia entra em substituição do presidente do STAL, Francisco Braz, o novo coordenador da FIEQUIMETAL, Rogério Silva, substitui o ex-dirigente desta federação, João da Silva. O novo coordenador da FECTRANS, José Manuel Oliveira, substitui Amável Alves.

Manuel Carvalho da Silva, 63 anos, está na direcção da Intersindical desde Janeiro de 1977 e como secretário-geral desde 1986. Vai dedicar-se ao ensino e investigação na área das ciências sociais.

Há quatro anos, Carvalho da Silva foi reeleito com 120 votos a favor, 11 brancos e quatro nulos.

Arménio Carlos, 56 anos, substitui Carvalho da Silva, mas sem a perspectiva de uma liderança tão longa: a manter-se a regra da idade, não poderá cumprir mais de dois mandatos, num total de oito anos.