O ataque que, que também fez vários feridos, aconteceu de madrugada na região tribal de Mohmand, atingindo o posto de controlo de Salala, a cerca de 2,5 quilómetros da fronteira como o Afeganistão, segundo responsáveis militares paquistaneses, o que abriu uma crise entre Islamabad e os seus aliados ocidentais na luta contra os talibã e a Al-Queda.

Algumas horas depois, chegou a represália: o Paquistão ordenou o bloqueio dos comboios de abastecimento da NATO com destino ao Afeganistão que passam pelo seu território. E houve também um protesto junto do Departamento de Estado, em Washington.

Um porta-voz da Isaf (a missão militar no país comandada pelos EUA) confirmou à AFP, em Cabul, que “houve um incidente”, sem avançar mais informações. Mas um porta-voz militar citado pela Reuters disse que “helicópteros da NATO dispararam indiscriminadamente, e sem provocação, contra um posto de controlo paquistanês”.

Um responsável militar paquistanês disse, também à AFP, sob anonimato, que “foram mortos pelo menos 20 soldados, incluindo dois oficiais”, e condenou este ataque, que considerou “deliberado” e “aleatório”. Mas o número de vítimas poderá ser mais elevado, pois dois oficiais citados pela Reuters afirmaram que morreram até 25 militares paquistaneses e ficaram feridos 14 neste ataque.

Este ataque acontece depois de as relações entre o Paquistão e os EUA terem ficado muito tensas após o ataque norte-americano que matou o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, num assalto à sua residência-esconderijo na cidade militar de Abbottabad, em Maio.

Entretanto, o comandante das forças lideradas pela NATO no Afeganistão, o general John R. Allen, disse que o “incidente” na fronteira do Afeganistão com o Paquistão seria objecto da sua atenção pessoal e comprometeu-se com uma investigação aprofundada ao sucedido.

Allen enviavou as suas condolências aos familiares dos soldados paquistaneses que “possam ter sido mortos ou feridos” durante um “incidente” ontem.

Este ataque acontece depois de as relações entre o Paquistão e os EUA terem ficado muito tensas após o ataque norte-americano que matou o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, num assalto à sua residência-esconderijo na cidade militar de Abbottabad, em Maio.