Governo garante que cortes na Saúde não vão afectar tratamento dos doentes com VIH

“É preciso assegurar o acesso universal à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento”, defendeu Manuel Pizarro, à margem da visita ao Centro de Terapêutica Combinada do Hospital Joaquim Urbano, no Porto.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou que “a luta contra a sida deve ser uma prioridade, tanto para a acção política como para o sistema de Saúde”, sublinhando que “apesar dos constrangimentos orçamentais, está assegurado o acesso de todos ao tratamento”.

Para Manuel Pizarro, “qualquer abrandamento da acção poderia significar um retrocesso até porque o actual contexto económico pode levar ao recrudescer da doença”, explicando que “existe o receio que os comportamentos marginais possam aumentar”.

“Seria errado reduzir a actuação do Estado social e poder-se-ia pagar muito caro no futuro”, sublinhou, considerando que “a infecção VIH/Sida é um bom exemplo de como seria se não houvesse o Sistema Nacional de Saúde”.

No Dia Mundial da SIDA, o responsável da Saúde fez um “balanço muito positivo”, referindo “aspectos positivos” como a diminuição das mortes em 25 por cento, entre 2005 e 2009, a redução em cerca de metade do número de novas infecções nos últimos quatro anos e o quase desaparecimento da transmissão da doença de mãe para filho.

No Centro de Terapêutica Combinada do Hospital Joaquim Urbano, no Porto, são seguidos mais de 200 doentes dos 22 mil que recebem tratamento em todo o país.