Novas fugas do Wikileaks têm “todos os grandes temas”
“Os documentos que nos preparamos para publicar dizem respeito a todos os grandes temas em todos os países do mundo”, afirmou, em resposta aos jornalistas que lhe perguntavam se as novas fugas traziam mais revelações sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, como aconteceu com as primeiras fugas promovidas pelo site.
Assange explicou que estava a falar através de videoconferência porque “a Jordânia não é país mais seguro do mundo quando temos a CIA no nosso encalço”.
O Wikileaks terá tido acesso a perto de 3 milhões de documentos saídos das embaixadas norte-americanas. Os documentos já foram partilhados com alguns jornais, incluindo o norte-americano “The New York Times” e o britânico “The Guardian”, e deverão ser publicados por estes já no domingo à noite nos seus sites.
Os Estados Unidos estão tão preocupados com estas fugas que a própria secretária de Estado Hillary Clinton telefonou a vários aliados espalhados pelo mundo. Os jornais britânicos escrevem que estes documentos vão permitir aos líderes do Reino Unido saberem “o que Washington pensa realmente deles”.
Depois dos telefonemas de Clinton, o Departamento de Estado distribuiu ainda uma carta enviada pelo seu principal advogado a Julian Assange, onde se afirma que o conteúdo desta fuga ameaça as operações de contra-terrorismo em todo o mundo, põe em risco as relações dos EUA com os seus aliados e colocará em risco “vidas sem conta”.