WikiLeaks: indícios de ajuda dos EUA ao PKK e de auxílio indirecto da Turquia à Al-Qaeda

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Jovens turcos vestidos como combatentes do PKK cantam slogans independentistas Murad Sezer/Reuters

Quem o diz é o jornal londrino, em língua árabe, “Al-Hayat”, num aspecto entretanto referenciado também pela imprensa israelita.

Outro documento desta enorme série que deverá ser publicada durante o fim-de-semana deverá acusar a Turquia, desde 1952 membro da NATO, de fornecer ajuda indirecta à rede terrorista Al-Qaeda, de Osama bin Laden. Crê-se que o terá feito ao não controlar o movimento de pessoas na sua fronteira com o Iraque.

A WikiLeaks tenciona publicar 400.000 documentos muito sensíveis dos últimos cinco anos, incluindo conversas com políticos e jornalistas, bem como análises de diplomatas norte-americanos sobre os países onde se encontram colocados.

“The Jerusalem Post” afirma que documentos militares norte-americanos se referem ao PKK como ‘’guerreiros da liberdade e cidadãos turcos’’, dizendo que os Estados Unidos até já libertaram no Iraque alguns militantes daquele partido que oficialmente é considerado terrorista.

Os mesmos documentos afirmam que os militares norte-americanos destacados no Iraque deram armas ao PKK, que luta pela independência dos curdos que vivem na Turquia.

Outro jornal israelita, o “Haaretz”, noticiou que as autoridades de Israel se encontram apreensivas com o material que a WikiLeaks está prestes a revelar.

Washington teria desejado que Israel soubesse de antemão o que se prepara, pelo que a embaixada em Telavive informou o ministério israelita dos Negócios Estrangeiros da possível divulgação iminente de documentação que poderá ser muito embaraçosa.

Alguma correspondência interna entre diplomatas norte-americanos poderá reflectir posições muito diferentes das que normalmente são assumidas em público pela Casa Branca.

Em duas anteriores divulgações de documentos norte-americanos, em Julho e Outubro, a WikiLeaks forneceu-os em primeira mão aos jornais “The New York Times”, “The Guardian” e “Der Spiegel”, na condição de publicarem os seus artigos em simultâneo.

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