A Índia está a caminho de ultrapassar a China como o país mais populoso do mundo

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Em 2050 quase um quinto da humanidade viverá na Índia Ajay Verma/Reuters

A China, actualmente em primeiro lugar, com 1.338 milhões de cidadãos, desce para o segundo, com 1.437 milhões. E os Estados Unidos conservam a terceira posição, passando de 310 para 423 milhões de habitantes.

Quanto ao grande rival da Índia, o Paquistão, sobe do sexto para o quarto lugar, tornando-se o país muçulmano mais populoso, com 335 milhões, e trocando de posição com a Indonésia, que se deverá ficar pelos 309 milhões.

Já o Brasil, com uns previstos 215 milhões, cede o quinto lugar no pódio à Nigéria, que deverá chegar aos 326 milhões, e é relegado para a oitava posição, atrás do Bangladesh, para o qual se admitem 222 milhões.

A Rússia deixa de constar do top ten, pois a sua população deverá decrescer dos actuais 142 milhões para 140,8 em meados de 2025 e 126,7 em 2050. E o mesmo acontece com o Japão, que de 127 milhões desce para uns meros 95 milhões.

Os lugares de russos e japoneses, respectivamente o nono e o décimo, passam para africanos, respectivamente os naturais da Etiópia e da República Democrática do Congo.

Portugal entre os mais velhos

Os países desenvolvidos estão a envelhecer e aumentam pouco de população, enquanto os que ainda estão por desenvolver permanecem jovens e a crescer.

Portugal é hoje em dia um dos seis países com mais população acima dos 65 anos, só ultrapassado neste campo pelo Japão, Alemanha, Itália, Suécia e Grécia.

Aliás, os alemães vão deixar de estar no país mais populoso da Europa Ocidental, cedendo a primazia aos britânicos, que dos 62,2 milhões actuais sobem para 68,6 em 2025 e 77 milhões em 2050.

Portugal, depois de aumentar um pouco de população nos próximos 15 anos, deverá voltar em 2050 aos actuais 10,7 milhões, segundo os dados que os Estados Unidos acabam de divulgar.

No seu todo, a população mundial vai passar para 8.108 milhões em 2025 e para 9.485 milhões em 2050, sendo estes distribuídos por 8.159 milhões nos países menos desenvolvidos e por apenas 1.326 milhões nos mais desenvolvidos.

Por continentes, a Ásia e a África vão ficar nas próximas quatro décadas com a parte de leão da humanidade, respectivamente 5.424 milhões e 2.084 milhões. Juntos, asiáticos e africanos representarão mais de três quartos de toda a espécie humana.

Em muitas partes do mundo, nomeadamente na África subsariana e na Ásia meridional e central, as populações rurais ainda não têm um saneamento adequado, destaca-se neste trabalho do Population Reference Bureau, que funciona em Washington.

Duas grandes tendências destacadas na população actual são a natalidade cronicamente baixa nos países desenvolvidos e o facto de nos países menos desenvolvidos estarem a nascer em cada ano mais de 80 milhões de crianças.

Notícia corrigida às 10h50
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