A notícia foi avançada pelo site All Things Digital, associado ao jornal americano Wall Street Journal, e confirmada pela agência Bloomberg.

A novidade surge pouco tempo depois de a Microsoft ter lançado o Bing, um novo motor de busca que tem tido uma recepção positiva por parte da imprensa especializada e que conseguiu um ligeiro avanço de quota de mercado face ao seu antecessor, o Live Search.

O mercado dos motores de busca é dominado pela Google. O Yahoo está num afastado segundo lugar e a Microsoft, na terceira posição.

Não são conhecidos pormenores das negociações que estão a decorrer entre executivos das duas empresas – mas uma das opções que esteve em cima da mesa o ano passado, depois de a Microsoft ter falhado a OPA sobre o Yahoo, foi a compra apenas do motor de pesquisa do portal.

Em Fevereiro de 2008, a Microsoft ofereceu-se para comprar o Yahoo por cerca de 44.600 milhões de dólares (31.600 milhões de euros, ao câmbio actual). Metade seria paga em dinheiro e outra metade em acções. À data do anúncio da oferta, o valor significava um bónus de 62 por cento sobre o preço das acções do Yahoo.

O negócio, porém, acabou por falhar, essencialmente porque a administração do Yahoo, mesmo estando o portal em sérios apuros financeiros, considerou a proposta muito baixa. A Microsoft recusou-se a subir o valor oferecido.

Na altura, o Yahoo tentou várias manobras para fugir à OPA da Microsoft. O conselho de administração, com o co-fundador Jerry Yang à cabeça (que entretanto se demitiu do cargo), chegou a equacionar uma fusão com o portal AOL, uma empresa também em dificuldades e da qual a Time Warner está agora a separar-se.

A OPA da Microsoft foi vista por muitos analistas e investidores como uma boa saída para o portal e houve mesmo uma tentativa por parte de alguns investidores de substituir o conselho de administração, para assim viabilizar o negócio.

Um eventual negócio entre o Yahoo e a Microsoft necessitará, provavelmente, da aprovação dos reguladores de mercado.

O negócio da Microsoft passa essencialmente pela venda do sistema operativo Windows e do pacote de aplicações Microsoft Office, mas há muito que a empresa tenta, com pouco sucesso, agarrar uma fatia do rentável mercado associado às actividades online.

Por outro lado, a Google tem também tentado beliscar o negócio central da Microsoft. Os Google Docs são um conjunto de aplicações online que executam algumas das tarefas do Microsoft Office e, este mês, a empresa anunciou o desenvolvimento de um sistema operativo vocacionado para a utilização da Internet.