Nobel da Paz entregue em Oslo a ElBaradei e à AIEA

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O Prémio Nobel é composto por um diploma, uma medalha em ouro e um cheque de cerca de um milhão de euros Bjorn Sigurdson/EPA

A AIEA, representada pelo japonês Yukiya Amano, e por ElBaradei, receberam o prémio das mãos do presidente do comité Nobel, Ole Mjoes, em presença da família real norueguesa e de alguns actores e músicos, como Salma Hayek, Julianne Moore e Bob Geldof, este último igualmente nomeado para o galardão, pelo seu esforço na luta contra a pobreza em África.

"Numa época em que a ameaça das armas nucleares se acentua outra vez, o comité Nobel norueguês apoia a necessidade de fazer face a essa ameaça através de uma cooperação internacional o mais alargada possível", declarou Mjoes.

Por seu lado, o presidente do comité Nobel louvou o trabalho efectuado pela AIEA e pelo seu chefe: "No período que antecedeu a invasão do Iraque, em 2003" e "apesar das fortes pressões", os inspectores da agência cumpriram a sua missão "de uma maneira independente, minuciosa e correcta", afirmou. "Como o mundo pôde ver depois da guerra, as armas que não foram encontradas simplesmente não existiam", sublinhou Ole Mjoes.

Lembrando que esta distinção acontece 60 anos após o lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasáqui, Mjoes afirmou ainda que as armas nucleares são uma "ameaça para a sobrevivência da Humanidade".

Em nome da luta contra a proliferação das armas atómicas, Mjoes apelou ainda às potências nucleares - Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, Israel, Índia e Paquistão - que renunciem ao desenvolvimento de armas nucleares. "É hipócrita continuar a desenvolver as suas próprias armas nucleares, fazendo todos os possíveis para impedir que os outros obtenham essas armas", afirmou.

O Prémio Nobel é composto por um diploma, uma medalha em ouro e um cheque de dez milhões de coroas suecas (cerca de um milhão de euros).

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