Sida: Bush anuncia que plano americano em África ajudou cerca de 400 mil pessoas

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O objectivo do plano lançado pela administração Bush é tratar dois milhões de doentes Shawn Thew/EPA

“Depois de dois anos de esforços, aproximadamente 400 mil africanos no Sul do Saara receberam o tratamento que precisavam”, declarou o Presidente, no Dia Mundial da Sida.

“Antes do lançamento do plano, apenas 50 mil pessoas numa população de mais de quatro milhões, recebiam tratamento imediato”, acrescentou.

O objectivo do plano lançado pela administração Bush, por um período de cinco anos, é tratar dois milhões de doentes em 15 países afectados pela sida, a maioria na África: Bostwana, Costa do Marfim, Etiópia, Quénia, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Ruanda, África do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia. Os outros países são a Guiana, Haiti e Vietname.

ONU diz que Afeganistão é uma “bomba ao retardador”

O Ministério da Saúde do Afeganistão afirma que estão registados no país 35 seropositivos e três mortos devido à sida desde o seu aparecimento no país. Mas o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA, sigla em inglês) receia que entre 700 a 800 pessoas estejam contaminadas. “Se o problema não for tratado hoje, pode ficar fora de controlo”, alerta a agência da ONU.

Os peritos temem que o número de drogados no país possa favorecer a propagação da sida no Afeganistão, primeiro produtor mundial de ópio, matéria-prima da heroína.

A presença no território de um milhão de consumidores de drogas diversas, nomeadamente sete mil de heroína por injecção, aliado à ausência de material e centros de saúde, pode tornar a situação numa “epidemia descontrolada”, disse em comunicado.

“Em matéria de sida, o Afeganistão é uma bomba ao retardador”, disse Emmanuel Reinert, director do Conselho de Senlis, fórum de reflexão sobre a droga.

A pandemia já matou mais de 25 milhões de pessoas no mundo, três milhões das quais em 2005. Quatro milhões estão infectadas. Perante estes números, o director da Onusida, Peter Piot apelou à comunidade internacional para dar uma resposta “excepcional”.

O dia de hoje ficou marcado por gestos simbólicos ou acções de protesto por todo o mundo, nomeadamente na Alemanha, França e Itália.

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