Ecocubo: Nós, a natureza e um quarto de cortiça made in Portugal
O projecto português pretende “ligar as diferentes regiões, cubo a cubo, como um marco no território”. Tem capacidade para duas pessoas. Já existe um cubo no Gerês e outro em Cabeceiras de Basto.
“Tu, a natureza e um cubo”. Assim se apresenta a Ecocubo, start-up incubada na UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, que é nada mais nada menos que uma pequena estrutura de cortiça e madeira “ecológica e sustentável”, um refúgio que permite uma “experiência de imersão na natureza”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Tu, a natureza e um cubo”. Assim se apresenta a Ecocubo, start-up incubada na UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, que é nada mais nada menos que uma pequena estrutura de cortiça e madeira “ecológica e sustentável”, um refúgio que permite uma “experiência de imersão na natureza”.
O projecto quer ir mais longe. Pretende “ligar as diferentes regiões, cubo a cubo, como um marco no território” de forma a “democratizar a vivência na natureza sem que isso implique impacto negativo no ambiente”, explica António Fernandes, criador da Ecocubo, estrutura desmontável de madeira e cortiça com um design minimalista e made in Portugal (inclusive o recheio: cama, colchão e têxteis).
O cubo - que não é um cubo -, sublinha o seu criador, funciona como um “catalisador de territórios de baixa densidade”, assumindo-se como uma “solução de turismo sustentável, sem impacto negativo para o meio ambiente e com impacto positivo para as comunidades locais”.
Com uma cama de casal, a versão original do Ecocubo (medida de três metros quadrados) está disponível em Torneiro, Cabeceiras de Basto, e já foi montada uma evolução numa lógica “cabana” (2,5 metros quadrados) em Terras de Bouro, no Gerês. Em qualquer um dos casos, a estrutura está completamente desligada da rede eléctrica. Os candelabros são por isso recarregáveis, sendo que nas imediações, a cerca de 20 metros, existem balneários com água quente e instalações sanitárias completas. A start-up levou à última BTL uma terceira versão (de 2x2 metros) que António Fernandes desmontou em cerca de 40 minutos. “Qualquer pessoa pode montar. Não precisa de técnicos especializados”, explica à Fugas o criador do conceito, para já apenas disponível como experiência turística. “Não descuramos que no futuro possa ser vendido a particulares.”
A start-up conta com parcerias locais para a promoção de actividades complementares como orientação, escalada ou passeios a cavalo.
A experiência no Ecocubo, no Gerês, tem o custo de 100 euros para duas pessoas por noite, com direito um pack de produtos regionais.