Na preparação do derradeiro capítulo da sua trilogia da Divina Comédia, o Teatro O Bando reuniu toda a sua equipa — o encenador João Brites, o autor da adaptação Miguel Jesus, os actores, técnicos e administrativos —, convocando-a, em três momentos diferentes, para lhe lançar outras tantas perguntas e escutar atentamente as ideias ou discussões que então se desencadeava. Mas logo na resposta à primeira questão, atirada por João Brites, que questionava “O que é o paraíso para ti?”, o encenador ficou confuso com as respostas que obteve. Porque não antecipara que a ideia de paraíso suscitasse tanta identificação e reflexão sobre a felicidade, e muito menos sobre o lugar de repouso na vida depois da morte (para aqueles que obedeciam aos preceitos religiosos). O paraíso como hipótese terrena e não como miragem espiritual. O paraíso como felicidade tangível e efémera, e não como felicidade eterna.
Opinião
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