Os maus hábitos de Paul Verhoeven

Depois da contemplação em Elle, não se esperava um divertimento kitsch. Mas ainda bem que Verhoeven não se tornou chic.

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Depois da acção reflexiva de Ela, talvez não fosse previsível uma Benedetta assim. Depois da suspensão extática, quando Paul Verhoeven olhou para o seu cinema e procedeu a uma decantação dos seus motivos e personagens (por isso Ela funcionou como alavanca para um reposicionamento face ao cineasta holandês tanto quanto aconteceu em timing oportuno para ser lido à luz desse reposicionamento), depois disso, chega-nos algo despido de filtros de distanciamento, que se expõe de forma directa, até no seu kitsch, como os exemplares que no passado fizeram a fama infame do realizador holandês. Isto é: Verhoeven não se tornou chic.

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