Rainer Werner Fassbinder, Mr. X

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Madame X — Music From The Theater Xperience (Live) toca. Não vi o espectáculo, mas o que oiço afigura-se-me como uma perspicaz reviravolta de Madonna a partir do formato, que ela ajudou a fixar, dos concertos ao vivo em que às tantas, não sabendo já para onde olhar, exausto com tantos estímulos, o espectador descansa a conversar com o vizinho do lado. O novo arranjo, íntimo, não sendo um statement contra-ciclo como foi, em 2013, o genial concerto de Prince no Coliseu dos Recreios em Lisboa (sala que “fornece” material para Madame X — Music From The Theater Xperience), é uma lúcida refocagem porque Madonna já tem 63 anos, o corpo pesa, a silhueta diminuiu e alarga, o palco agiganta-se. E é bastante coerente na forma como integra o passado no presente da cantora: como evocação, memória, fantasma. O diálogo em alguns momentos é revelador, como a passagem de American Life a Batuka. Isto é, coloca-se num outro lugar para além daquele, central, claustrofófico, que é o do sonho americano.

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Madame X — Music From The Theater Xperience (Live) toca. Não vi o espectáculo, mas o que oiço afigura-se-me como uma perspicaz reviravolta de Madonna a partir do formato, que ela ajudou a fixar, dos concertos ao vivo em que às tantas, não sabendo já para onde olhar, exausto com tantos estímulos, o espectador descansa a conversar com o vizinho do lado. O novo arranjo, íntimo, não sendo um statement contra-ciclo como foi, em 2013, o genial concerto de Prince no Coliseu dos Recreios em Lisboa (sala que “fornece” material para Madame X — Music From The Theater Xperience), é uma lúcida refocagem porque Madonna já tem 63 anos, o corpo pesa, a silhueta diminuiu e alarga, o palco agiganta-se. E é bastante coerente na forma como integra o passado no presente da cantora: como evocação, memória, fantasma. O diálogo em alguns momentos é revelador, como a passagem de American Life a Batuka. Isto é, coloca-se num outro lugar para além daquele, central, claustrofófico, que é o do sonho americano.