Há que saber unir os pontos e o dramaturgo Alexander Zeldin (n. 1985) sabe bem onde começar a desenhar o traço que o traz até ao seu teatro. Ainda adolescente, sempre que podia infiltrava-se nos “conversation dinners” que o seu tio, o filósofo Theodore Zeldin, organizava, juntando pessoas que, à partida, dificilmente seriam levadas a cruzar destinos sem a ajuda da sua intervenção. Foi assim que Zeldin-tio juntou a uma mesma mesa o príncipe Carlos e um sem-abrigo, por exemplo, pondo-os a trocar experiências e a discutir o mundo. Uma vasta parte da obra de Theodore, aliás, baseia-se nesta ideia de conversas ocorridas a salvo de quaisquer mandamentos protocolares. “Eu ia a estes jantares, com 13 ou 14 anos, conhecia pessoas que nunca conheceria na vida real e havia uma ementa de conversa que nos punha a falar de assuntos muito íntimos – como os diferentes tipos de amor que experimentámos durante a vida ou as formas de coragem que aprendemos com os nossos pais”, recorda Alexander Zeldin em conversa com o Ípsilon.
Opinião
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