Michelangelo Frammartino dizia-se “embaraçado”. O cinema que pratica é, palavra dele, tão “underground” que o cineasta nascido em Milão, no norte de Itália, mas de origem calabresa, no Sul, não sabia bem o que esperar da superfície que seria a passadeira vermelha onde desfilaria pela presença em competição em Veneza. Frammartino, que há 11 anos nos surpreendeu com As Quatro Voltas, acordo orquestrado numa aldeia da Calábria entre animais, homens e natureza que desapossou o humano do topo da pirâmide figurativa e o (seu) cinema da música e dos diálogos, espera “que o filme seja mesmo imersivo na medida em que leve os espectadores a entrar nas imagens”. Il Buco leva o espectador a 700 metros debaixo da terra.
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Michelangelo Frammartino dizia-se “embaraçado”. O cinema que pratica é, palavra dele, tão “underground” que o cineasta nascido em Milão, no norte de Itália, mas de origem calabresa, no Sul, não sabia bem o que esperar da superfície que seria a passadeira vermelha onde desfilaria pela presença em competição em Veneza. Frammartino, que há 11 anos nos surpreendeu com As Quatro Voltas, acordo orquestrado numa aldeia da Calábria entre animais, homens e natureza que desapossou o humano do topo da pirâmide figurativa e o (seu) cinema da música e dos diálogos, espera “que o filme seja mesmo imersivo na medida em que leve os espectadores a entrar nas imagens”. Il Buco leva o espectador a 700 metros debaixo da terra.