Há soul e R&B este sábado na Casa da Cerca, com a voz e a arte de Amaura
Amaura, a voz por excelência da soul e do R&B cantados em português, apresenta-se ao vivo na Casa da Cerca, em Almada. A entrada é livre, limitada a 50 lugares, com transmissão posterior no Facebook do PÚBLICO, dia 7 de Agosto.
O ciclo Há Música na Casa da Cerca, em Almada, prossegue neste final de Julho com mais um concerto ao fim da tarde. Desta vez com Amaura, cantora e compositora que tem vindo a afirmar-se como a voz da soul e do R&B cantados em português. Será este sábado, dia 31, às 18h, no Anfiteatro do Jardim Botânico. A entrada é livre, embora limitada aos 50 lugares disponíveis, respeitando as restrições ditadas pela pandemia. Tal como sucedeu com os concertos anteriores, este será gravado para transmissão posterior no Facebook do PÚBLICO. Esta transmissão ocorrerá no dia 7 de Agosto, às 18h.
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O ciclo Há Música na Casa da Cerca, em Almada, prossegue neste final de Julho com mais um concerto ao fim da tarde. Desta vez com Amaura, cantora e compositora que tem vindo a afirmar-se como a voz da soul e do R&B cantados em português. Será este sábado, dia 31, às 18h, no Anfiteatro do Jardim Botânico. A entrada é livre, embora limitada aos 50 lugares disponíveis, respeitando as restrições ditadas pela pandemia. Tal como sucedeu com os concertos anteriores, este será gravado para transmissão posterior no Facebook do PÚBLICO. Esta transmissão ocorrerá no dia 7 de Agosto, às 18h.
Nascida em Lisboa, em 19 de Novembro de 1990, Maura Magarinhos (é esse o nome de Amaura) começou a compor os seus primeiros temas ainda cedo, sobre bases instrumentais de outros artistas, percorrendo depois o circuito de bares, em pequenos concertos com bandas como Bling Project ou TNT, o que lhe valeu ser convidada para colaborar com músicos como Sam The Kid, Fred Ferreira (Buraka Som Sistema, Orelha Negra) ou TNT. O que ouvia em criança, em casa, já a influenciava. “Jazz, coisas da Motown, e como eu tenho raízes africanas, também a mistura de música africanas, de Angola, semba ou quizomba.”
A sua estreia em disco, em Setembro de 2019, concretizou um sonho antigo, o de fazer R&B escrito e cantado em português. O disco, intitulado EmContraste, era integralmente preenchido por onze canções escritas por ela, letra e música, e dele foram lançados quatro singles. Voltaria em 2020 com esse trabalho às plataformas digitais, agora com o título (Re)EmContraste e acrescido de um novo original, Um só. Mas a pandemia interpôs-se e o lançamento foi mais tardio, assumindo a forma de um videoclipe de 13 minutos onde Amaura reinterpretava quatro temas (Só sinto, EmContraste, Surfista da banheira, Um só) como num miniconcerto, resultando num EP gravado ao vivo. “É um pequeno medley do álbum”, disse Amaura ao PÚBLICO. Os restantes temas do disco são T.P.M., Blues do tinto, Maré doce, Coopero, Dança, Voyeurismos de memória, Marvel da tuga e Valerie.
Até que, em Novembro de 2020, lançou novo EP, Denso, com três temas: Pedro e o lobo, Saber quem sou e Duplo e estreado num videoclipe com a sua banda: Pedro Braula Reis (guitarra), Serge Polhos (teclados), Pedro Martinho (baixo) e Rui Berton (bateria). O nome do EP, disse Amaura ao PÚBLICO, nasceu do processo de composição: “Comecei a escrever sem ouvir instrumentações nem beats, e a primeira letra achei-a densa. Então decidimos, eu, a [editora] Mano a Mano e o resto da banda, criar uma ambiência mais jazzy, mais bar, mais densa. E como gosto muito do nome, achei que se adequava.”
É com tudo isto na bagagem que Amaura se apresenta agora no ciclo Há Música na Casa da Cerca. Com ela (voz), estarão em Almada Daniel Freitas (TNT), samplers e voz, Serge Polho (Serge de la Rue) nos teclados e Pedro Reis, guitarra.
Desenvolvido desde 2015 pela Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea, em parceria com a editora e produtora discográfica PontoZurca, o ciclo, que vai na sua 7.ª edição, realiza-se em vários espaços da Casa, nos formatos Música nas Exposições e Concertos ao Pôr do Sol. Na edição deste ano, actuaram Bernardo Couto e Martín Sued, Braima Galissá, Victor Zamora e Sexteto Cuba e Lula Pena. Depois de Amaura, será a vez do Lisboa String Trio (no dia 28 de Agosto) e de Fred (25 de Setembro).