Titane, body horror à francesa, é a Palma de Ouro de Cannes 2021

Com o prémio ao filme de Julia Ducournau, é a segunda vez na história do festival que uma mulher recebe a Palma de Ouro. A realizadora agradeceu ao júri ter deixado entrar os monstros e ter permitido maior diversidade. Depois de um ano em branco, sem festival, Cannes recomeçou em força, escancarou o desejo, ameaçou a ordem estabelecida.

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Como se, depois de um ano em branco, sem festival, 2020, fosse necessário recomeçar em força, carregando as baterias, escancarando o desejo, ameaçando a ordem estabelecida, dizer veementemente ao que se vem. E assim a 74.ª edição do Festival de Cannes acabou com nove filmes premiados em sete categorias, quatro deles ex-aequo, onde se arrumaram os nomes sonantes, e uma Palma de Ouro que não foi para um nome sonante, mas para uma cineasta que realiza o seu segundo filme. Sim, uma realizadora, Julia Ducournau, a segunda vez, apenas, que o prémio máximo do festival coube a uma mulher: antes, Jane Campion, por O Piano (1993).

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Como se, depois de um ano em branco, sem festival, 2020, fosse necessário recomeçar em força, carregando as baterias, escancarando o desejo, ameaçando a ordem estabelecida, dizer veementemente ao que se vem. E assim a 74.ª edição do Festival de Cannes acabou com nove filmes premiados em sete categorias, quatro deles ex-aequo, onde se arrumaram os nomes sonantes, e uma Palma de Ouro que não foi para um nome sonante, mas para uma cineasta que realiza o seu segundo filme. Sim, uma realizadora, Julia Ducournau, a segunda vez, apenas, que o prémio máximo do festival coube a uma mulher: antes, Jane Campion, por O Piano (1993).