Há mais de dez anos que Rodrigo Amarante deixou o Brasil, onde se tornou uma figura destacada da cena musical enquanto membro dos Los Hermanos (ao lado de Marcelo Camelo), e rumou aos Estados Unidos, à procura de começar de novo, numa terra onde Anna Júlia nada significasse. Primeiro foi até Los Angeles para gravar com Devendra Banhart, depois criou os Little Joy com Fabrizio Moretti dos Strokes e foi ficando pela cidade onde começou a assentar a deslumbrante melancolia que tingia Cavalo (2013), o seu primeiro disco a solo, canções para um piano fantasmático, vozes com a macieza de Chet Baker, guitarras de acordes dolentes. Agora, passados oito anos, chegou a vez de Drama, desvendado ao Ípsilon durante um par de conversas por Zoom. Durante as quais Rodrigo nos contou, por exemplo, que pelas janelas que vemos nas suas costas entram sons de festas latinas durante o fim-de-semana.
Opinião
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