“I came a long way from my past, nigga, it’s obvious.” A observação surge na nona faixa do seu novíssimo álbum, lançado a 25 de Junho pela Columbia Records, e é irrefutável: Tyler, the Creator já não é o shock rapper dos Odd Future, o controverso e incendiário colectivo de miúdos que, no início da década passada, fizeram todo o sentido do mundo para a sua geração e melindraram o público mais velho (em 2015, a conservadora Theresa May, então Secretária de Estado para os Assuntos Internos do Reino Unido, proibiu Tyler, líder do grupo e também a sua figura mais polémica, de entrar em território britânico devido ao conteúdo de algumas das suas letras). Não, o artista amadureceu. Deixou de ser um explosivo agente do caos para começar a mostrar vulnerabilidade. Deixou de escrever versos ocasionalmente homofóbicos para começar a escrever versos ocasionalmente homoeróticos. E deu início a um percurso que, musicalmente, continua a produzir resultados interessantíssimos.
Opinião
A carregar...
Ver mais
A carregar...
Ver mais