O confinamento como um momento literário de José Gardeazabal

O seu mais recente romance, Quarentena — Uma História de Amor, é um registo quase diarístico da vida de um casal obrigado a ficar confinado quando a separação era já inevitável. É uma viagem, por vezes divertida, àquilo que a pandemia mostrou que também somos.

Foto
Daniel Rocha

Depois do primeiro volume da Trilogia dos Pares, A Melhor Máquina Viva, publicado semanas antes do primeiro confinamento, José Gardeazabal (n. 1966) abriu uma nova “caixa” na sua produção literária para incluir o romance que por essa altura começou a escrever, Quarentena — Uma História de Amor, e chamou-lhe Cadernos do Acontecido. A razão foi a da alteração do registo de escrita que lhe vinha já sendo habitual, e a introdução no corpo do romance de elementos que não lhe eram usuais, como fotografias de acontecimentos históricos.