O mundo rural que emociona Jorge Bacelar
Mãos gastas, rostos punidos pelo tempo e olhares vivos. Como uma nesga de luz, o veterinário-fotógrafo entra nos currais e nas cozinhas enegrecidas pelo fumo e sai de lá com um registo daquela que considera ser a sua família.
Lurdes tem no regaço uma ninhada de cães e ao seu lado, sobre a mesa que resiste ao tempo, uma abóbora cortada a meio e um molho de grelos. Sílvia mostra com orgulho a melancia que colheu no campo. À sua frente tem um copo de água e, encaixada num castiçal, a vela que ilumina a cozinha enegrecida pela fumaça do fogão a lenha. Fausto trata os animais com o carinho e afecto que a vida não lhe proporcionou enquanto jovem. Catarina, filha de agricultores, gosta de se vestir como a mãe e a avó. Todos os dias coloca o lenço na cabeça para se proteger do sol e anda quase sempre descalça porque assim sente melhor a terra que pisa. Às vezes “Manel Espeta” adormece exausto em cima da carroça no regresso a casa, mas os animais já sabem o caminho de cor.
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Lurdes tem no regaço uma ninhada de cães e ao seu lado, sobre a mesa que resiste ao tempo, uma abóbora cortada a meio e um molho de grelos. Sílvia mostra com orgulho a melancia que colheu no campo. À sua frente tem um copo de água e, encaixada num castiçal, a vela que ilumina a cozinha enegrecida pela fumaça do fogão a lenha. Fausto trata os animais com o carinho e afecto que a vida não lhe proporcionou enquanto jovem. Catarina, filha de agricultores, gosta de se vestir como a mãe e a avó. Todos os dias coloca o lenço na cabeça para se proteger do sol e anda quase sempre descalça porque assim sente melhor a terra que pisa. Às vezes “Manel Espeta” adormece exausto em cima da carroça no regresso a casa, mas os animais já sabem o caminho de cor.