Já ninguém acredita que as canções podem salvar o mundo. Seria suprema ingenuidade acreditar que assim fosse: contemplem o músico iluminado, agarrado à viola ou ao piano, a alinhar acordes e versos que transformarão irremediavelmente o planeta — imperdoável assomo de narcisismo insistir que algo tão frágil e efémero como uma canção poderá atingir tal feito. E, ainda assim, a verdade é que a música pode salvar. Uma pessoa de cada vez, pelo menos, a começar por aquele que se agarra à viola ou ao piano e alinha acordes e versos, consciente do ponto de partida, mas incerto do lugar a que chegará.
Opinião
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