Entrevista
Emma Donoghue: continuar, aconteça o que acontecer
Uma enfermeira encerrada numa enfermaria para grávidas infectadas, num hospital sobrelotado de Dublin, durante a “Gripe Espanhola”. Emma Donoghue prefere a claustrofobia. Adora apreciar quão intensamente as personagens se afectam mutuamente quando não têm por onde escapar.
Emma Donoghue, autora irlandesa radicada no Canadá, tem explorado na sua obra — que inclui romances, peças de teatro, contos e guiões para cinema — temas que abordam situações limite como o sequestro de crianças (O Quarto de Jack, 2010), a violência doméstica, os abusos em instituições de acolhimento e, como acontece no último romance, os efeitos de uma pandemia.