Explosão contagiante de electricidade e ritmo: cinco décadas depois, ainda é impossível não sermos transportados naquela voragem. Guitarra incandescente a tremeluzir wah-wah, o órgão a fervilhar sobre todo o som, a bateria que batuca como se estivéssemos ali, na sala onde aquela canção foi registada, e o baixo como batimento cardíaco acelerado, ligação directa às ancas de quem ouve. E depois, claro, a voz, aquela voz de uma intensidade ímpar, voz de um homem que se punha totalmente naquele momento, subindo ao grito arrancado ao fundo da alma. Fúria e celebração, vontade de honrar a tradição e desejo de futuro. Muzangola, gritou Vum Vum em 1969. Fazia-se história.
Opinião
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