Reportagem
Adoramus: Os doces delas são feitos com orações e amor
Há quem diga que os doces conventuais são a materialização da oração. As irmãs teimam em fazê-los à mão, com ingredientes do pomar, carinho e amor, um toque espiritual que transforma. É “um dom” de quem conserva, transforma e não desperdiça (”que é pecado”). “Se todas as pessoas fizessem como nós, não havia fome.”
“Porque é que aquilo que é feito pela nossa mãe sabe tão bem?” A pergunta de Maria Helena, mestra de noviças, faz-se acompanhar por pratinhos com prazeres de noz, telhas do convento, israelitas e sulamitas — personagem bíblica e palavra que significa que possui a perfeição —, bolos e bolachas que atravessam a grade que nos separa no locutório, uma sala de visitas onde prepondera a simplicidade característica da clausura.