O Ninho é uma miragem na outra margem

Revisitação do motivo da casa assombrada, a segunda longa de Sean Durkin em 10 anos faz o espectador ver dead people.

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Quase uma década depois de Martha Marcy May Marlene (2011), que lhe valeu um Director’s Award no Festival de Sundance, Sean Durkin, 38 anos, aparece agora com O Ninho a suspender a derrocada definitiva das promessas alimentadas pela Borderline Films, o polo produtivo do cinema independente norte-americano formado por colegas da New York University que alimentou entusiasmos na primeira década do século XXI. Chegou a ser considerado das coisas mais excitantes a surgir na paisagem do pós-hype indie dos anos 90 do século XX, os anos Miramax. Anunciava-se qualquer coisa, anunciava-se outra coisa, e devolvia-se ousadia ao que se tornara establishment e “golpe” mercantil. Em 2016, o Curtas de Vila do Conde aparecia ainda crente, quando tudo começava já a confirmar-se como uma miragem, e dedicou um foco a esse colectivo fundado por Durkin, Antonio Campos (Afterschool, 2008) e Josh Mond (James White, 2015), às suas curtas iniciais e à forma como se revezavam na distribuição dos papéis de realizador, director de fotografia ou produtor.

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Quase uma década depois de Martha Marcy May Marlene (2011), que lhe valeu um Director’s Award no Festival de Sundance, Sean Durkin, 38 anos, aparece agora com O Ninho a suspender a derrocada definitiva das promessas alimentadas pela Borderline Films, o polo produtivo do cinema independente norte-americano formado por colegas da New York University que alimentou entusiasmos na primeira década do século XXI. Chegou a ser considerado das coisas mais excitantes a surgir na paisagem do pós-hype indie dos anos 90 do século XX, os anos Miramax. Anunciava-se qualquer coisa, anunciava-se outra coisa, e devolvia-se ousadia ao que se tornara establishment e “golpe” mercantil. Em 2016, o Curtas de Vila do Conde aparecia ainda crente, quando tudo começava já a confirmar-se como uma miragem, e dedicou um foco a esse colectivo fundado por Durkin, Antonio Campos (Afterschool, 2008) e Josh Mond (James White, 2015), às suas curtas iniciais e à forma como se revezavam na distribuição dos papéis de realizador, director de fotografia ou produtor.