João vê o Hezbollah empenhado numa guerra diferente

Muitos ziguezagues depois, o repórter português João Sousa viu-se na inevitabilidade de fotografar em Beirute para o jornal L’Orient Le Jour. Numa cidade, num país e numa revolta em pausa, tem acompanhado o grupo radical Hezbollah na sua luta contra a covid-19. As armas podem esperar.

Foto
Cortesia João Sousa

“As pessoas estão a morrer de fome, acha que temos medo do coronavírus?” Entre a pandemia e a deterioração da classe política, sob fogo nas ruas desde 17 de Outubro de 2019, dia que marca o início da revolta popular no Líbano, venha o diabo e escolha. A frase é a legenda de uma fotografia no Instagram de João Sousa, um português que sem querer muito tem passado as últimas semanas a fotografar enfiado entre guerras e flancos, entre inimigos invisíveis — Hezbollah de um lado, o mal do outro — no coração de Beirute. Uma Beirute assustadoramente deserta e a implodir de vozes que se manifestam — máscaras sim, mordaças não —, denunciando a degradação da situação económica num contexto de crise financeira sem precedentes entre as últimas gerações.

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“As pessoas estão a morrer de fome, acha que temos medo do coronavírus?” Entre a pandemia e a deterioração da classe política, sob fogo nas ruas desde 17 de Outubro de 2019, dia que marca o início da revolta popular no Líbano, venha o diabo e escolha. A frase é a legenda de uma fotografia no Instagram de João Sousa, um português que sem querer muito tem passado as últimas semanas a fotografar enfiado entre guerras e flancos, entre inimigos invisíveis — Hezbollah de um lado, o mal do outro — no coração de Beirute. Uma Beirute assustadoramente deserta e a implodir de vozes que se manifestam — máscaras sim, mordaças não —, denunciando a degradação da situação económica num contexto de crise financeira sem precedentes entre as últimas gerações.