Coronavírus: desapareceram máscaras de protecção do hospital de Elvas

Aberto inquérito interno para apurar as circunstâncias do desaparecimento, que “poderá ter a ver” com o surto de Covid-19.

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Reuters/AMMAR AWAD

A Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) abriu um inquérito interno para apurar as circunstâncias do desaparecimento de máscaras de protecção no serviço de Medicina do Hospital de Santa Luzia, em Elvas.

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A Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) abriu um inquérito interno para apurar as circunstâncias do desaparecimento de máscaras de protecção no serviço de Medicina do Hospital de Santa Luzia, em Elvas.

“Não podemos qualificar se se trata de um furto ou não. Participámos às autoridades policiais esta circunstância e temos aberto um inquérito para apuramento do que aconteceu”, disse esta terça-feira à agência Lusa Joaquim Araújo, vogal executivo do conselho de administração da ULSNA, de que faz parte o hospital de Elvas, no distrito de Portalegre.

O mesmo responsável admitiu que o desaparecimento de máscaras de protecção da unidade hospitalar, que ocorreu no passado fim-de-semana, poderá estar relacionado com o novo coronavírus (Covid-19).

“Esta situação poderá ter a ver com esta problemática [surto de Covid-19] e as pessoas, especialmente os funcionários, numa atitude defensiva, julgamos nós, tomam esta medida, mas só o inquérito eventualmente poderá esclarecer”, disse.

Joaquim Araújo não quantificou o número de máscaras de protecção que desapareceram do serviço de Medicina do Hospital de Santa Luzia, uma vez que ainda está a ser feito o “apuramento de tudo”. No entanto, garantiu que a situação “não põe em perigo qualquer fornecimento aos serviços” e afastou a possibilidade de ser feito comércio com as máscaras.

“É grave, não nego a situação porque aconteceu, mas já foram tomadas medidas para salvaguardar tudo”, acrescentou.

O surto de Covid-19, que pode causar infecções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3100 mortos e infectou mais de 90 mil pessoas em cerca de 70 países e territórios – incluindo quatro em Portugal , tendo cerca de 48 mil recuperado, segundo autoridades de saúde de vários países.