“Quis sempre fazer o que ainda não tinha feito e ambicionei ser o mais verdadeiro possível correndo o risco de levar com o falhanço na cara”

Havendo razões para o espectador se surpreender com um espectáculo de uma natureza e violência diferentes da normalidade de hoje, a viagem de Apocalypse Now foi dar a um lugar mais íntimo. A Final Cut chega às salas no dia 19. Memórias de Coppola e dos espectadores que somos.

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Dirck Halstead/Getty Images

O oficial de Operações Especiais do Exército dos EUA Capitão Benjamin Willard continua a subir o rio para matar o Coronel Walter E. Kurtz no templo de horror em que este enlouqueceu com os seus renegados. A missão vem prosseguindo desde 17 de Maio de 1979, dia em que um work in progress de Apocalypse Now foi apresentado em competição em Cannes para calar a imprensa americana que vaticinava o desastre de um filme há mais de três anos em produção (Apocalypse When?, perguntavam), e desde a teatral conferência de imprensa na Croisette de que o realizador, suspeito de ter enlouquecido na selva das Filipinas com a sua equipa de rodagem, foi o principal encenador, carregando os filhos nos ombros e tudo: sim, eles tinham sido muitos nas Filipinas, estavam na selva com acesso a demasiadas coisas e a demasiado dinheiro (há relatos de taças de champanhe despachadas da Tiffany’s...) e foram enlouquecendo...