As mãos de Francesco Rosi e o coração de Estaline
O cinema de um cidadão num país em que a cidadania é uma dificuldade: eis Francesco Rosi e a Itália, o documentário Citizen Rosi. Também fora de competição no Festival de Veneza, o início da queda da URSS no funeral de Estaline, em 1953, deslumbrante devolução à vida das imagens e dos sons de arquivo: State Funeral, de Sergei Loznitsa.
As primeiras palavras são de uma filha sobre o seu pai: alto, “dava segurança”. Nas primeiras imagens, essa filha procura esse corpo. Mas Citizen Rosi, realizado por Didi Gnocchi e Carolina Rosi (a filha), não é o documentário biográfico que se podia esperar. Parte de uma obra cinematográfica que pôs as mãos na sociedade italiana, alimentando-se dela e intervindo nela, mas acaba por ser um documentário sobre as aventuras cívicas do cinema de uma era e um retrato da Itália desse tempo.
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As primeiras palavras são de uma filha sobre o seu pai: alto, “dava segurança”. Nas primeiras imagens, essa filha procura esse corpo. Mas Citizen Rosi, realizado por Didi Gnocchi e Carolina Rosi (a filha), não é o documentário biográfico que se podia esperar. Parte de uma obra cinematográfica que pôs as mãos na sociedade italiana, alimentando-se dela e intervindo nela, mas acaba por ser um documentário sobre as aventuras cívicas do cinema de uma era e um retrato da Itália desse tempo.