Novo Chefe do Estado-Maior do Exército esteve na Bósnia e no Kosovo
António Costa afirmou esperar que cumpra "lealmente" as suas funções, como qualquer "servidor público".
O general José Nunes da Fonseca é o novo chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), substituindo Rovisco Duarte, que saiu do cargo na sequência da polémica em torno do assalto aos paióis de Tancos.
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O general José Nunes da Fonseca é o novo chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), substituindo Rovisco Duarte, que saiu do cargo na sequência da polémica em torno do assalto aos paióis de Tancos.
De 57 anos, Nunes da Fonseca obteve o primeiro lugar no seu curso em Ciências Militares na Academia Militar, onde ingressou em 1979, e fez mestrado em Engenharia Militar, sendo, aliás, membro da Ordem dos Engenheiros. Actualmente, era um dos três generais que estava colocado na GNR.
Esteve em missões na Bósnia-Herzegovina em 1998-99, no Kosovo em 2011, e no Quartel-General das Forças Aliadas da NATO, em Madrid, de 2010 a 2013. Anteriormente, de 1995 a 99, já tinha prestado serviço no Estado-Maior da Eurofor, em Itália. Tem, assim, experiência no âmbito das Forças Nacionais Destacadas.
Costa quer que novo CEME "desempenhe lealmente" funções
A divulgação do nome foi feita, em Bruxelas, pelo primeiro-ministro, António Costa, que revelou que a aprovação pelo Conselho de Ministros será por via electrónica. "O Conselho Superior do Exército acabou de dar por unanimidade parecer favorável ao nome que tinha sido indigitado pelo Governo", disse Costa.
Perguntado sobre o que esperava do novo CEME, o primeiro-ministro foi peremptório: "Que desempenhe lealmente as suas funções, que é aquilo que todos contam que cada servidor público possa fazer."
A posse está prevista para esta sexta-feira, às 19h, no Palácio de Belém. O Presidente da República emitiu uma nota, na sua página oficial, na qual se lê: "O primeiro-ministro informou o Presidente da República da proposta de nomeação do Senhor General José Nunes da Fonseca como Chefe do Estado-Maior do Exército, a qual aceitou."
Rovisco Duarte apresentou a sua resignação ao Presidente da República, invocando motivos pessoais. O general sai na sequência da polémica em torno do assalto e recuperação das armas de Tancos.