Restam 2000 casas sem luz três dias após a tempestade Leslie

No fim-de-semana, mais de 300.000 habitações tinham ficado sem electricidade. EDP diz que já só restam algumas zonas dispersas em que a energia ainda não foi restaurada.

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Nelson Garrido

A EDP Distribuição estimou esta quarta-feira que o número de habitações sem energia no país se situa abaixo das 2000, na sequência da destruição provocada pelo furacão Leslie no fim de semana, que afetou mais de 300.000 casas.

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A EDP Distribuição estimou esta quarta-feira que o número de habitações sem energia no país se situa abaixo das 2000, na sequência da destruição provocada pelo furacão Leslie no fim de semana, que afetou mais de 300.000 casas.

De acordo com um comunicado da empresa hoje divulgado, "os trabalhos das equipas da EDP estão agora a ser dirigidos para zonas com instalações mais dispersas, esperando-se uma evolução muito favorável nas próximas horas".

A EDP Distribuição indica ainda que estão em funcionamento 98 geradores e três centrais móveis, que permanecerão em serviço até à total estabilização do fornecimento da energia eléctrica pela rede.

A evolução que se tem verificado "deve-se ao trabalho dos muitos operacionais que estão no terreno, e ao empenho de todas as entidades com quem a empresa tem colaborado, nomeadamente autarquias, Protecção Civil e Forças Armadas", salienta.

A EDP Distribuição deixa ainda o alerta, a todas as pessoas, para a adopção de comportamentos seguros, nomeadamente a não aproximação e/ou toque de linhas elétricas partidas ou danificadas.

A passagem do furacão Leslie na noite de sábado para domingo por Portugal, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.

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A Protecção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.

O distrito mais afetado pelo Leslie foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um "percurso muito errático", se fez sentir com maior intensidade, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

A passagem da tempestade terá causado ventos de 180 a 190 quilómetros/hora, superiores aos registados nas estações meteorológicas oficiais, estimou nesta terça-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).