Kanye West muda de nome e faz discurso pró-Trump no Saturday Night Live
Rapper rebaptiza-se e volta a gerar polémica com as suas opiniões políticas e históricas. Do novo álbum é que não há novidades.
Os fãs de Kanye West aguardavam notícias sobre o próximo álbum, Yandhi, mas não foi esse o assunto do anúncio solene que o rapper norte-americano fez no sábado na rede social Twitter: “Anteriormente conhecido por Kanye West. Eu sou YE”. Após a mensagem, o músico alterou o seu nome de utilizador em conformidade.
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Os fãs de Kanye West aguardavam notícias sobre o próximo álbum, Yandhi, mas não foi esse o assunto do anúncio solene que o rapper norte-americano fez no sábado na rede social Twitter: “Anteriormente conhecido por Kanye West. Eu sou YE”. Após a mensagem, o músico alterou o seu nome de utilizador em conformidade.
Ye é também o nome do último álbum de Kanye, lançado a 1 de Junho, e nessa altura o rapper tinha afirmado que o nome do álbum teria um significado espiritual.
A mesma explicação é dada agora para a mudança de nome. “Acredito que Ye é a palavra mais utilizada na Bíblia. (...) Na Bíblia, significa ‘tu’. Portanto, eu sou tu. Eu sou nós. Passei de ser Kanye, que significa o único, para ser apenas YE – um reflexo do nosso bem, do nosso mal, da nossa confusão, de tudo. Sou um reflexo de quem somos", referiu em entrevista uma rádio de Los Angeles.
Ainda este fim-de-semana, Kanye foi notícia uma segunda vez por um motivo não relacionado com a música. Também no sábado, o artista terminou uma actuação no programa televisivo Saturday Night Live, da NBC, e colocou na cabeça um boné vermelho com a inscrição Make America Great Again, numa manifestação de apoio ao Presidente norte-americano Donald Trump (algo que não é propriamente uma novidade).
Kanye acusou ainda a produção do programa de o ter tentado impedir de utilizar o chapéu. “Fizeram bullying comigo. Riram-se de mim e pediram-me para não ir para o programa com o chapéu. Deixem-me usar a minha capa de super-herói porque isto significa que não me podem dizer o que fazer”, disse.
Mas tarde, e de regresso ao Twitter, Kanye partilhou uma nova imagem com o chapéu. “Isto representa o bem e a América a tornar-se completa outra vez. Não vamos deslocalizar a nossa produção para outros países. Construímos fábricas aqui, na América, e criamos trabalhos. Proporcionamos empregos a todos os que estão livres de prisões à medida que abolimos a 13.ª emenda. Mensagem enviada com amor”, lê-se na legenda.
A referência à 13.ª emenda constitucional foi alvo de críticas, uma vez que se trata do acto legislativo histórico que aboliu a escravatura nos Estados Unidos em 1865. Mais tarde, tentou clarificar que não pretendia eliminar a emenda, mas antes alterá-la.
Não é a primeira vez que Kanye gera polémica ao falar da escravatura. Em Maio, o rapper declarou que ser escravo era “uma escolha”, responsabilizando as vítimas da escravatura pela sua situação.
Lana del Rey aproveitou o mesmo post de Kanye, mas desta vez no Instagram, para se manifestar. A cantora afirma que “O Trump ter-se tornado o nosso presidente foi uma perda para o país, mas quando tu o apoias, é uma perda para a cultura” e lamenta que a mensagem “nunca chegará ao destinatário”.
A compositora norte-americana afirma ainda que, se Kanye West pensa que é normal apoiar alguém que diz #grabthembythepussy, então “precisa de uma intervenção tanto quanto ele [Trump]."