Rio apoia recondução de Joana Marques Vidal ou outra escolha

Perfil defendido pelo líder do PSD é o de uma personalidade “influente na área da investigação criminal”.

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Rui Rio comentou recondução de Joana Marques Vidal LUSA/PAULO NOVAIS

O líder do PSD fez esta quinta-feira uma síntese da conversa que o partido teve com a ministra da Justiça, 24 horas antes, sobre o assunto da nomeação do procurador-geral da República. Aos jornalistas, no Porto, Rui Rio disse que o PSD acompanhará a indicação do Governo e recusou partidarizar a escolha.

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O líder do PSD fez esta quinta-feira uma síntese da conversa que o partido teve com a ministra da Justiça, 24 horas antes, sobre o assunto da nomeação do procurador-geral da República. Aos jornalistas, no Porto, Rui Rio disse que o PSD acompanhará a indicação do Governo e recusou partidarizar a escolha.

Se o Governo entender que deve propor a recondução da doutora Joana Marques Vidal, o PSD acompanhará essa indicação e não terá nada a opor. Se for vontade do Governo não nomear, o que nós entendemos é que deve encontrar uma individualidade dentro ou fora do Ministério Público que tenha os conhecimentos, a respeitabilidade e o currículo que possa provocar um certo consenso nacional”, começou por dizer o social-democrata. E acrescentou uma qualidade: “[Alguém] que seja influente na área da investigação criminal.”

Positivo, mas...

A seguir, questionado sobre a avaliação que faz do mandato da actual procuradora que termina em Outubro, Rui Rio disse que “tem vindo a melhorar, mas há uma série de processos que estão em curso sem estarem concluídos ou terem chegado aos tribunais”. Um exemplo? Tancos. “Há uma evolução positiva, mas ainda não está no patamar de produtividade que eu gostaria.”

Rui Rio insistiu que “há imensos processos que nunca se concluem” e que “todos demoram muito tempo”.

“Gostaríamos que a pessoa que for indicada, mesmo que seja Joana Marques Vidal, dissesse quais os pontos negativos que encontra no Ministério Público e o que se propõe reverter e melhorar”, acrescentou ainda o líder do PSD, dizendo que isso também é válido num cenário de recondução.

“A última coisa que se deve fazer é partidarizar a escolha de um cargo destes. Só depois de o primeiro-ministro e o Presidente da República terem posto o assunto em cima da mesa é que me ouviram uma palavra sobre o assunto”, sublinhou o social-democrata.