Julgamento de antigo director de campanha de Trump adiado uma semana

Juiz deu até 31 de Julho para que os advogados de defesa consigam rever os novos documentos disponibilizados pelos procuradores.

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Paul Manafort Reuters/Handout

O juiz norte-americano à frente do julgamento de Paul Manafort, antigo director de campanha de Donald Trump, decidiu, nesta segunda-feira, adiar o julgamento uma semana para dar aos advogados de defesa mais tempo para rever centenas de documentos disponibilizados recentemente pelos procuradores. O juiz fez saber que também tornaria pública a identidade de cinco testemunhas, às quais foi dada imunidade para falar em tribunal.

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O juiz norte-americano à frente do julgamento de Paul Manafort, antigo director de campanha de Donald Trump, decidiu, nesta segunda-feira, adiar o julgamento uma semana para dar aos advogados de defesa mais tempo para rever centenas de documentos disponibilizados recentemente pelos procuradores. O juiz fez saber que também tornaria pública a identidade de cinco testemunhas, às quais foi dada imunidade para falar em tribunal.

O julgamento de Paul Manafort estava agendado para esta quarta-feira, mas será adiado até 31 de Julho, decretou o juiz distrital do estado da Virginia, T.S. Ellis III. O juiz acredita que o adiamento dará aos advogados de Manafort mais tempo para rever o material novo que foi submetido pelos procuradores, mas avisou que não queria que o julgamento se "arrastasse" indefinidamente. 

O magistrado ordenou ainda que o Governo elencasse o nome de todas as testemunhas e os fornecesse aos advogados de Manafort, incluindo o nome de cinco que terão imunidade sobre possíveis acusações vindas do departamento do procurador-geral Robert Mueller — cujas identidades foram reveladas esta segunda-feira. Até agora, os procuradores mantiveram o anonimato destas testemunhas para as proteger. “Vou retirar essa protecção”, disse Ellis nesta segunda-feira, segundo a Reuters. De acordo com o USA Today, espera-se que o Governo nomeie 30 testemunhas para o caso. 

Paul Manafort, antigo director de campanha de Donald Trump está acusado de crimes de natureza financeira e fiscal. Ele e Rick Gates, subdirector da campanha de Trump, foram acusados de terem orquestrado um elaborado esquema de ocultação de rendimentos. Gates declarou-se culpado e começou a colaborar com a Justiça. Manafort declarou-se inocente e está detido desde 2017. Os factos de que é acusado remontam a 2016, meses antes de começar a trabalhar na campanha de Donald Trump.

Manafort, republicano de longa data e empresário, é alvo da investigação de Robert Mueller sobre os indícios de conluio russo nas eleições presidenciais de 2016, que elegeram Trump.