Autarca de Pedrógão classifica suspeitas como "inveja" e "má fé"
"Os meus inimigos não conseguem digerir a situação de terem perdido as eleições e isto, portanto, é tudo denúncias de má-fé", afirma.
O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, disse à SIC que está a ser alvo de perseguição no alegado desvio de fundos no valor de meio milhão de euros, noticiado pela revista Visão. O dinheiro destinava-se à reconstrução de casas de primeira habitação destruídas pelos incêndios de 2017, mas terão sido usado para vasas que não eram prioritárias?.
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O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, disse à SIC que está a ser alvo de perseguição no alegado desvio de fundos no valor de meio milhão de euros, noticiado pela revista Visão. O dinheiro destinava-se à reconstrução de casas de primeira habitação destruídas pelos incêndios de 2017, mas terão sido usado para vasas que não eram prioritárias?.
A Procuradoria-Geral da República confirmou ao PÚBLICO "a existência de inquérito dirigido pelo Ministério Público, a correr termos no Departamento de Investigação e Acção Penal de Leiria". A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) já tinha anunciado que ia encaminhar para o Ministério Público as denúncias de fraude. O Fundo Revita não recebeu qualquer queixa de incumprimento das regras no apoio à reconstrução de casas destruídas nos incêndios de 2017, garantiu quinta-feira o presidente do conselho de gestão, sublinhando já ter pedido uma avaliação dos casos denunciados.
“É uma afronta, é uma perseguição que me andam a fazer, uma investida. Os meus inimigos não conseguem digerir a situação de terem perdido as eleições e isto, portanto, é tudo denúncias de má-fé. Foi efectivamente uma peça de trabalho jornalístico encomendada, porque quem lê a parte final, em que se referem à minha pessoa e a outras pessoas, vê-se exactamente que é uma encomenda”, disse.
“É uma inveja também daquelas pessoas que falam, mas que não dão a cara, que gostariam que as suas casas tivessem ardido para terem agora uma casa nova e também de outras pessoas que, efectivamente, estão invejosas do trabalho que foi feito pelo Governo, pela Câmara Municipal, pelo Revita porque em mais parte nenhuma aconteceu o que aconteceu aqui: a reconstrução no mais curto espaço de tempo”, acentuou.
A Visão retrata casos de pessoas que mudaram a morada fiscal após o incêndio, de forma a conseguirem o apoio do Fundo Revita ou de outras instituições que entretanto também se mostraram solidárias com aquelas populações, como a Cáritas, a SIC Esperança, a Cruz Vermelha, La Caixa, Fundação Calouste Gulbenkian ou Misericórdias.
De acordo com os últimos dados do Fundo Revita, estão já concluídos os trabalhos de reconstrução de 160 das 261 casas de primeira habitação afectadas pelos incêndios de Junho de 2017, pelo que se encontram ainda em obras 101 habitações.