Primeiro homem em Veneza: Ryan Gosling como Neil Armstrong

First Man, de Damien Chazelle, é o filme de abertura, em competição, da 75.ª edição do Festival de Veneza. Os anos são os de 1961 a 1969, é a história de um homem, da NASA e é a história de uma Nação.

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First Man, de Damien Chazelle (La La Land), é o filme de abertura, em competição, da 75.ª edição do Festival de Veneza (29 de Agosto a 8 de Setembro). Foi anunciado esta quinta-feira, na véspera do 49.º aniversário da chega à lua da Apollo 11, a quinta missão espacial tripulada do Programa Apollo e a primeira a colocar um homem na Lua, a 20 de Julho de 1969. O “first man” do título é esse primeiro homem na lua, Neil Armstrong (Ryan Gosling), os anos são os de 1961 a 1969, é a história de um homem, Armstrong (1930-2012), é uma história da NASA e é a história de uma Nação. Íntimo e épico para ser uma saga - a ver se está ao nível, e não é preciso ir muito longe lá atrás, de Os Eleitos (1983), de Philip Kaufman, também uma história da NASA...

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First Man, de Damien Chazelle (La La Land), é o filme de abertura, em competição, da 75.ª edição do Festival de Veneza (29 de Agosto a 8 de Setembro). Foi anunciado esta quinta-feira, na véspera do 49.º aniversário da chega à lua da Apollo 11, a quinta missão espacial tripulada do Programa Apollo e a primeira a colocar um homem na Lua, a 20 de Julho de 1969. O “first man” do título é esse primeiro homem na lua, Neil Armstrong (Ryan Gosling), os anos são os de 1961 a 1969, é a história de um homem, Armstrong (1930-2012), é uma história da NASA e é a história de uma Nação. Íntimo e épico para ser uma saga - a ver se está ao nível, e não é preciso ir muito longe lá atrás, de Os Eleitos (1983), de Philip Kaufman, também uma história da NASA...

O director do Festival, Alberto Barbera, considera “um privilégio” esta estreia mundial de um “trabalho muito pessoal, original e desafiador, maravilhosamente surpreendente no contexto do que são os épicos hoje, e a confirmação de um grande talento de um dos mais importantes realizadores do cinema americano contemporâneo”  - na verdade, Barbera está a querer confirmar o que já dissera no ano de La La Land, filme que abriu a edição de 2016 (“La La Land não é apenas um filme que reinventa o género musical, coloca-o num novo ponto de partida”) e que mostrou no Lido os primeiros sinais do que seriam meses triunfantes, coroados com seis Óscares, entre os quais o de melhor realizador (o ano do engano, em que Moonlight foi o melhor filme).

É a reiteração, também, dos "argumentos" de Veneza face aos seus concorrentes, os festivais de Berlim e de Cannes: ser o palco predilecto para o timing de revelação ao mundo das produções americanas. É uma associação, aliás, que tem sido cheia de sortilégio. Veja-se a ligação Veneza-Óscares: La La Land, Birdman (2014) e Gravidade (2013), filmes de abertura no Lido, ou ainda The Shape of Water, que recebeu o Leão de Ouro o ano passado no festival, meses antes do Óscar do Melhor Filme (Guillermo del Toro, o realizador, vai este ano presidir ao júri da competição do festival, programa a ser anunciado durante a próxima semana).

Chazelle também falou, está “excitado” por regressar, por mostrar o filme no festival. E em declarações à Variety explicou que o ponto de partida do filme foi pensá-lo menos como biopic do que como "filme sobre uma missão”; foi pensar “na alunagem como uma insana missão hoje difícil de imaginar”.

“Por outras palavras, penso que tomamos isso como seguro. Pelo menos os miúdos da minha geração… vamos crescendo, sabemos que Neil Armstrong caminhou na lua, vemos as imagens, é tudo muito cintilante e até vemos a bandeira americana e sentimo-nos orgulhosos, e é assim. Aceitamos que aconteceu. O desafio, espero, será tentar andar para trás e colocar o espectador no momento em que ainda não aconteceu e é a coisa mais louca que um grupo de pessoas fez.”