Portugal reduz taxa de abandono escolar e aumenta a de licenciados mas continua aquém das metas para 2020

No ano passado 12,6% dos jovens entre os 18 e os 24 anos saíram demasiado cedo do sistema de educação e formação. A média da União Europeia foi de 10,6%.

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Adriano Miranda

Portugal reduziu, em 2017, a taxa de abandono escolar precoce e aumentou a de pessoas que completaram o ensino superior, mas os objectivos traçados no âmbito da Europa 2020 continuam por atingir, segundo o Eurostat.

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Portugal reduziu, em 2017, a taxa de abandono escolar precoce e aumentou a de pessoas que completaram o ensino superior, mas os objectivos traçados no âmbito da Europa 2020 continuam por atingir, segundo o Eurostat.

A taxa de abandono escolar precoce nas pessoas com idade entre os 18 e os 24 anos que completaram no máximo o 3.º ciclo do ensino básico e que não estudam nem recebem formação profissional fixou-se, no ano passado, nos 12,6%, segundo o gabinete de estatísticas da União Europeia (UE). Em 2006, segundo o Eurostat, Portugal apresentava uma taxa de 38,5%. O objectivo nacional traçado para 2020 neste indicador é de 10%.

As maiores taxas de abandono escolar precoce em 2017 registaram-se em Malta (18,6%), Espanha (18,3%), Roménia (18,1%) e Itália (14%), enquanto as mais baixas foram observadas na Croácia (3,1%), Eslovénia (4,3%), Polónia (5,0%) e Irlanda (5,1%).

A média da União Europeia foi de 10,6%, face aos 15,3% de 2006. A meta da Europa 2020 é 10%.

No que respeita às pessoas com idade entre os 30 e os 34 anos que completaram o ensino superior, Portugal apresentava no ano passado uma taxa de 33,5%, que se compara à de 12,9% de 2002. A meta nacional é de 40% para 2020.

A Lituânia (58%), Chipre (55,8%), Irlanda (53,5%), Luxemburgo (52,7%) e Suécia (51,3%) apresentaram as maiores taxas neste indicador (todos com mais de metade da população com um grau académico superior) e a Roménia (26,3%), Itália (26,9%) e Croácia (28,7%) as menores.

A média da UE, em 2017, foi de 39,9%, estando basicamente atingido o objectivo de uma média europeia de 40% para 2020.