A paisagem "viciante" da Islândia

António José Ribeiro, economista de 42 anos, já foi quatro vezes à Islândia. Já viu tudo? A quinta "já está imaginada".

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Quando lhe perguntam "não viste já tudo?", António José Ribeiro diz que não, que a Islândia e a sua "paisagem viciante" ainda tem muito para oferecer. "Imaginem que vos davam a oportunidade de visitar outro planeta e esse planeta era simplesmente maravilhoso. Quantas vezes lá gostariam de ir? Provavelmente sempre que possível", responde este economista — fotógrafo de viagens por paixão.

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Quando lhe perguntam "não viste já tudo?", António José Ribeiro diz que não, que a Islândia e a sua "paisagem viciante" ainda tem muito para oferecer. "Imaginem que vos davam a oportunidade de visitar outro planeta e esse planeta era simplesmente maravilhoso. Quantas vezes lá gostariam de ir? Provavelmente sempre que possível", responde este economista — fotógrafo de viagens por paixão.

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António José Ribeiro

Ir à Islândia, descreveu à Fugas O Viajante Aprendiz, "é praticamente como visitar outro planeta". Foi pela primeira vez em 2010, numa viagem de grupo, "sem saber bem o que ia encontrar". Tinha como referências a aridez e música de Björk. "Ainda não existia o boom turístico e o país estava no rescaldo da crise financeira de 2007. Acho mesmo que os fotógrafos, depois da crise financeira e da erupção do vulcão Eyjafjallajökull, são em grande parte responsáveis pela divulgação do país. E são milhares de fotógrafos, mais ou menos amadores, que percorrem as estradas desta ilha situada quase no Círculo Polar Árctico."

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A primeira viagem "soube a pouco". Por isso foi mais três vezes. "Para quem gosta de natureza e dos seus contrastes, este país oferece tudo nas formas extremas: dos vulcões aos glaciares, das lagoas de água quente aos lagos de gelo, das paisagens verdes idílicas com cascatas aos desertos áridos de terras vulcânicas", descreve José, transmontano de 42 anos, "habituado ao frio". "Identifico-me muito com a paisagem agreste e inóspita."

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A quarta viagem — a quinta "já está imaginada", assegura — aconteceu em Setembro do ano passado. Depois de ter visitado a Islândia duas vezes no Verão e uma no Inverno, foi a vez do Outono, "definitivamente a altura do ano mais fotogénica e colorida".

"Seria incapaz de fotografar a preto e branco. As cores são o que mais me cativam o olhar: as cores da vegetação rasteira de Husafell e Myvatn são deslumbrantes ou as montanhas de terra colorida em Landmannalaugar. Além disso, as noites de céu limpo no começo do Outono permitem avistar as luzes dançantes: as auroras boreais. No mês de Setembro pode dizer-se que as temperaturas são ainda amenas, variando entre 5 a 20 graus, consoante a região."

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Foi a primeira viagem deste explorador com drone e filtros de densidade neutra. "Consegui alguns registos das texturas do gelo por cima das entradas de um glaciar. Landmannalaugar, Thorsmork, Stokksnes, Arnarstapi, Húsafell e o glaciar Langjokull foram alguns dos lugares que visitei já fora do circuito habitual da N1, a estrada que circunda a ilha."

E se lhe perguntarem se ficou alguma coisa por ver... "Sim! Quase tudo, outra vez".

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