Ambientalistas defendem alteração da legislação sobre a qualidade do ar em espaços fechados
Associação Zero considera que o episódio de contaminação com Legionella é um alerta para que sejam tomadas medidas.
A Associação Sistema Terrestre Sustentável (Zero) apela, na sequência do surto de Legionella que já fez duas vítimas mortais em Lisboa, à alteração da legislação relativa à qualidade do ar interior. Os ambientalistas chamam ainda a atenção, desta feita recordando o surto anterior desta doença, que ocorreu em 2014 em Vila Franca de Xira, para a necessidade de um sistema de inspecção e responsabilidade de contaminação microbiológica do ar exterior.
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A Associação Sistema Terrestre Sustentável (Zero) apela, na sequência do surto de Legionella que já fez duas vítimas mortais em Lisboa, à alteração da legislação relativa à qualidade do ar interior. Os ambientalistas chamam ainda a atenção, desta feita recordando o surto anterior desta doença, que ocorreu em 2014 em Vila Franca de Xira, para a necessidade de um sistema de inspecção e responsabilidade de contaminação microbiológica do ar exterior.
A Zero lembra que Portugal desenvolveu o Sistema de Certificação Energética integrando a Qualidade do Ar Interior. No entanto, os custos associados às auditorias fez com que as inspecções preventivas fossem retiradas em 2013. “As auditorias obrigatórias são uma componente fundamental que se perdeu e que devem voltar a existir pois através destas podem ser detectados um conjunto de deficiências dos próprios sistemas de climatização”, lê-se no comunicado que a associação divulgou nesta terça-feira.
A associação ambientalista entende que são evidentes as falhas existentes relativamente à prevenção da qualidade do ar interior e "que estes problemas devem ser acompanhados, em particular em estabelecimentos mais sensíveis como escolas ou hospitais, nomeadamente no que respeita aos teores de dióxido de carbono e renovação do ar".
Este novo episódio de Legionella, que já afectou 34 pessoas no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, "é mais um alerta" para que o foco seja mais na prevenção e não na inspecção, defende a Zero.
Texto editado por Hugo Torres