Frente Comum diz que adesão à greve foi de 80%, Governo não faz balanço

Estrutura da CGTP diz que greve desta sexta-feira foi mais expressiva em Lisboa, Porto e Coimbra.

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Dezenas de escolas estiveram fechadas nesta sexta-feira por causa da greve MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

A greve desta sexta-feira teve uma “adesão expressiva” que, em média, se situou nos 80%, adiantou a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública num comunicado divulgado a meio da tarde. De acordo com esta estrutura que representa mais de três dezenas de associações sindicais da CGTP, “a adesão à greve foi superior a 80% em toda a administração central, tendo tido percentagens ainda maiores na saúde e na educação, entre os 90% e os 100%”. Os números não foram rebatidos pelo Governo, que remeteu um balanço da greve para mais tarde.

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A greve desta sexta-feira teve uma “adesão expressiva” que, em média, se situou nos 80%, adiantou a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública num comunicado divulgado a meio da tarde. De acordo com esta estrutura que representa mais de três dezenas de associações sindicais da CGTP, “a adesão à greve foi superior a 80% em toda a administração central, tendo tido percentagens ainda maiores na saúde e na educação, entre os 90% e os 100%”. Os números não foram rebatidos pelo Governo, que remeteu um balanço da greve para mais tarde.

“Os trabalhadores da administração pública, ao aderirem de forma tão expressiva a esta greve convocada pela Frente Comum, deram um sinal claro ao Governo, de que as medidas contantes na proposta de Orçamento do Estado para 2018, continuam a ficar muito aquém do que é exigível”, refere a estrutura.

No balanço que fez perto da hora do almoço, a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, já falava numa “adesão de 80% a nível global", destacando os sectores da saúde e da educação e os concelhos da capital, Porto e Coimbra.

O Governo remete para mais tarde um balanço da greve, depois de os serviços transmitirem à Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) os dados concretos sobre o número de trabalhadores em condições de aderir à greve, os que estiveram ausentes por motivo de greve e o número de serviços encerrados.

“Os números serão publicados pela DGAEP dentro do prazo legal previsto, depois de os serviços terem acesso à informação completa”, disse ao PÚBLICO fonte oficial do Ministério das Finanças.

Desde 2012, ficou decidido (num despacho assinado pelo então secretário de Estado da Administração Pública) que os organismos públicos não divulgariam informação sobre a adesão em que as greves decorrem. Criou-se uma plataforma informática, gerida pela DGAEP, onde os serviços e organismos têm de registar, nos cinco dias úteis após o término da greve, toda a informação sobre o número total de trabalhadores, os que estavam em condições de fazer greve e os que efectivamente estiveram ausentes por esse motivo. Só depois, a DGAEP publica dados sobre a adesão.

Adicionalmente, os dirigentes máximos têm de comunicar à Direcção-Geral do Orçamento o número de trabalhadores aos quais deve ser descontado o dia de greve no vencimento.