Russos também compraram anúncios nos serviços do Google
Empresa terá descoberto provas de que foram vendidos anúncios a troco de dezenas de milhares de dólares a operadores russos para o Gmail ou o YouTube. A Microsoft também está a investigar.
O Google descobriu, pela primeira vez, provas de que operadores russos gastaram dezenas de milhares de dólares em anúncios para serem difundidos nos vários serviços da empresa durante as eleições presidenciais norte-americanas do ano passado, noticia nesta segunda-feira o Washington Post. A Microsoft já revelou que vai iniciar uma investigação sobre se lhe foi comprada publicidade por parte da Rússia.
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O Google descobriu, pela primeira vez, provas de que operadores russos gastaram dezenas de milhares de dólares em anúncios para serem difundidos nos vários serviços da empresa durante as eleições presidenciais norte-americanas do ano passado, noticia nesta segunda-feira o Washington Post. A Microsoft já revelou que vai iniciar uma investigação sobre se lhe foi comprada publicidade por parte da Rússia.
Segundo o jornal norte-americano, citando fontes próximas à investigação interna, o Google foi assim confrontado com provas de que as suas plataformas – tais como o Gmail, o YouTube ou o próprio motor de busca – foram aproveitadas por operacionais com ligações a Moscovo e com o objectivo de difundir desinformação para influenciar a campanha eleitoral nos Estados Unidos.
É também explicado que os anúncios não foram pagos pela mesma empresa com ligação ao Kremlin que comprou publicidade no Facebook – a rede social anunciou na semana passada que mais de três mil anúncios facciosos com origem russa circularam nos meses que antecederam as eleições presidenciais nos EUA e que cerca de dez milhões de pessoas os viram. Isto pode sugerir que a Rússia redobrou esforços para disseminar as suas mensagens.
Na sequência destas notícias, e em resposta a perguntas da Reuters, a Microsoft afirmou que está também a investigar se existiram anúncios nas suas plataformas – tal como o motor de pesquisa Bing – com origem na Rússia, mas que ainda não existem conclusões sobre o caso.