Esta semana estreiam-se duas séries com o selo Marvel, saídas do chamado “universo Marvel” e vindas para o público Marvel – e não só. A transição do que era o público dos comics para as massas que tornam super-heróis, anti-heróis e outras personagens mais ou menos especiais em máquinas de fazer milhares de milhões nos ecrãs já é uma história antiga. A mineração ao limite do filão é uma história contínua.

Esta semana estreiam-se duas séries com o selo Marvel, saídas do chamado “universo Marvel” e vindas para o público Marvel – e não só. A transição do que era o público dos comics para as massas que tornam super-heróis, anti-heróis e outras personagens mais ou menos especiais em máquinas de fazer milhares de milhões nos ecrãs já é uma história antiga. A mineração ao limite do filão é uma história contínua.

Dia 3, a Fox estreia The Gifted, uma série integrada no universo X-Men, centrada na forma como uma família é abalada pelo facto de um dos seus filhos ser um mutante com poderes (chega um dia após a emissão nos EUA); dia 6, o TVSéries estreia Inhumans, um grupo de personagens com poderes tanto do reino da realeza quanto do campo do “super” (apenas um deles não tem capacidades sobre-humanas), ameaçados pelos humanos e lutando entre si pelo… poder. A chegada de Inhumans foi mesmo antecedida por uma antestreia nas salas IMAX (a série, com Iwan Rheon de A Guerra dos Tronos, foi filmada com câmaras IMAX), a 31 de Agosto, de onde não saíram grandes ventos – as impressões dos fãs não terão sido muito positivas, como escreveu Michael Cavna no Washington Post.

Os fãs seguramente estão à espera de ambas, porque o mercado é tão poderoso que não pára de crescer. Além das séries planeadas e ainda em fase de desenvolvimento para os próximos anos (e dos filmes que continuam a expandir estes universos no cinema), o PÚBLICO contou 20 séries baseadas em comics da Marvel e da sua rival DC que estão ou estarão disponíveis nos últimos meses ou até ao final do ano em Portugal.

Na coutada Marvel, Inhumans e The Gifted juntam-se a Agents of S.H.I.E.L.D. (ABC/Fox), Daredevil, Jessica Jones, Luke Cage, Iron Fist, The Defenders (Netflix) e Legion (FX/Fox). E até ao final do ano haverá ainda Punisher (Netflix) e Runaways (Hulu), com 2018 pronto a receber outras duas séries Marvel — Cloak & Dagger e New Warriors (Freeform, um canal da ABC). Tudo isto fora os produtos de animação, por exemplo. Juntemos ao pacote as séries DC (ou dos seus selos, como a Vertigo) actualmente no ar ou prestes a estrear: Gotham (Fox), Arrow e The Flash (CW/RTP/AXN Black), iZombie (AXN Black), Supergirl (CW/Netflix), Legends of Tomorrow (CW/RTP1), Lucifer (Netflix), Preacher (AMC) e Powerless (NBC).

Nunca esquecendo que a série mais vista em Portugal, The Walking Dead (da Image Comics, a editora fundada por ilustradores que também deu ao mundo Spawn, por exemplo), vem de um comic, até a HBO, dona de outra série de enorme popularidade, A Guerra dos Tronos, está nesta corrida. Ainda sem data de estreia e em fase de desenvolvimento, Watchmen vai ser adaptada para a TV com Damon Lindelof (Perdidos, The Leftovers) aos comandos. Uma das mais conceituadas novelas gráficas de sempre, da autoria de Alan Moore e Dave Gibbons, já foi um filme de Zack Snyder e agora, claro, vai desdobrar-se em vários capítulos televisivos.

A rubrica Televisão encontra-se publicada no P2, caderno de domingo do PÚBLICO