Bush pai e filho citam Jefferson e condenam racismo em Charlottesville

"Somos todos criados como iguais e com os mesmos direitos inalienáveis pelo nosso Criador”, declaram os dois antigos Presidentes dos Estados Unidos.

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George H.W. Bush, George W. Bush e Laura Bush, numa imagem datada de 2013 Reuters/MIKE STONE

Sem referir o Presidente Donald Trump, os ex-chefes de Estado norte-americanos George H.W. Bush e George W. Bush emitiram esta quarta-feira uma declaração a condenar o “preconceito racial, o anti-semitismo e o ódio” expresso nas manifestações de extrema-direita deste fim-de-semana em Charlottesville, estado da Vírgínia.

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Sem referir o Presidente Donald Trump, os ex-chefes de Estado norte-americanos George H.W. Bush e George W. Bush emitiram esta quarta-feira uma declaração a condenar o “preconceito racial, o anti-semitismo e o ódio” expresso nas manifestações de extrema-direita deste fim-de-semana em Charlottesville, estado da Vírgínia.

“A América deve rejeitar sempre o preconceito racial, o anti-semitismo e o ódio em todas as formas”, lê-se num comunicado divulgado esta tarde que cita um dos pais fundadores dos Estados Unidos, Thomas Jefferson.

“Enquanto rezamos por Charlottesville, vem-nos à memória a verdade fundamental registada pelo mais proeminente cidadão daquela cidade na Declaração da Independência: somos todos criados como iguais e com os mesmos direitos inalienáveis pelo nosso Criador”, é dito.

“Sabemos que esta verdade fundamental permanecerá como tal porque conhecemos a decência e a grandeza do nosso país”, conclui a missiva.

Nas últimas 24 horas, Trump tem sido duramente criticado por destacados membros do próprio Partido Republicano, incluindo os ex-candidatos presidenciais John McCain e Mitt Romney, pelo recuo na condenação explícita, inequívoca e sem reservas da violência da extrema-direita em Charlottesville, que resultou na morte por atropelamento de Heather Heyer, uma activista anti-racismo de 32 anos.

Na terça-feira, Trump voltou a insistir na partilha de responsabilidades entre a extrema-direita e os seus opositores – algo que não é comprovado pelos factos noticiados até ao momento e que não é subscrito pelas autoridades da Virgínia nem pelos membros mais moderados do Partido Republicano, que têm condenado sem reservas a violência de neonazis, supremacistas brancos e outros extremistas de direita.