Carlos César aponta “humor quase infantil” de Luís Montenegro
As críticas do líder parlamentar do PS foram escritas no Facebook depois de Luís Montenegro ter considerado que o seu homólogo socialista cometeu uma "gaffe monumental" quando criticou a escolha do Algarve para as jornadas parlamentares.
O líder parlamentar do PS considerou hoje que o seu homólogo social-democrata revelou um "humor quase infantil" quando o criticou por causa de declarações que fez sobre destinos turísticos e apontou o trabalho "difícil" de Luís Montenegro.
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O líder parlamentar do PS considerou hoje que o seu homólogo social-democrata revelou um "humor quase infantil" quando o criticou por causa de declarações que fez sobre destinos turísticos e apontou o trabalho "difícil" de Luís Montenegro.
Estas posições de Carlos César, publicadas na sua página do Facebook, surgiram depois de o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, ter considerado na terça-feira à noite, em Albufeira, que o seu homólogo socialista, Carlos César, cometeu uma "gaffe monumental" quando criticou a escolha do Algarve pelos sociais-democratas para realizarem as suas jornadas parlamentares.
"É de facto uma ‘gaffe monumental'. A pessoa que disse isso estava em Bragança e nem se apercebeu que Bragança, tal como outros locais do interior, são destinos turísticos", afirmou Luís Montenegro.
"A ‘pessoa' fui eu", reagiu o presidente dos socialistas, que citou o texto então escrito pela agência Lusa sobre os motivos que invocou para a realização das Jornadas Parlamentares do PS em Bragança, na quinta e sexta-feira da semana passada: "Podíamos fazer destas jornadas mais uma reunião entre as muitas que fazemos em Lisboa, ou até aproveitar esta época do ano com mais sol para ir para locais turísticos, trabalhando aí. Mas queremos insistir em estar no Portugal que mais precisa da atenção política e dos decisores políticos", justificou Carlos César, citando a agência Lusa.
Ou seja, segundo Carlos César, disse "o que disse - de forma figurativa, é certo: ou seja, que a prioridade da reflexão era sobre as questões do interior".
"Só por um preconceito negativo, alguém - seja político, seja jornalista - pôde atribuir às minhas palavras um ataque a Lisboa, ou a qualquer destino turístico ou região do nosso país. São descabidas tais acusações. Não vou responder ao humor quase infantil de Luís Montenegro sobre ‘gaffes'. Gosto dele e calculo como a sua vida parlamentar deve ser difícil, constrangido entre uma liderança do partido com tantos problemas e deputados com tanta agilidade no insulto pessoal", escreveu o presidente do PS.
Nos últimos quatro meses, Carlos César disse ter anotado vários "insultos" vindos da bancada social-democrata: "Ao presidente da Assembleia [da República, Ferro Rodrigues], que qualificaram de prepotente" e desprestigiante", entre outros epítetos".
"Pouco tempo depois a vítima foi o primeiro-ministro, apelidaram-no de soez, reles, ordinário e por aí adiante. Agora coube-me a vez: levei com boçal, caceteiro, aldrabão, vigarista, etc. Não fico assustado, mas tem de ser assim?" interrogou-se o líder da bancada socialista.